Como lidar com a cólica menstrual

Como lidar com a cólica menstrual

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

A cólica menstrual é uma das principais queixas que as mulheres apresentam aos seus ginecologistas. A dor típica da cólica tem início, geralmente, poucas horas antes ou logo após o começo do período menstrual e localiza-se frequentemente no baixo-ventre (abaixo do umbigo e acima do púbis) que se torna, inclusive, sensível à palpação do abdome. Também chamada de dismenorreia, ela pode ser classificada como primária, quando não há uma causa própria do organismo que a justifique, ou secundária, quando é causada por alguma doença.

A dismenorreia pode ocorrer em graus variados, de acordo com a intensidade de dor e necessidade de uso de medicamentos. É classificada como leve, quando não requer o uso de medicamentos para controlá-la; moderada, quando requer uso de medicamentos, que aliviam a dor e resolvem o problema; severa, quando requer uso de medicamentos, mas não melhora após o uso deles e; incapacitante, quando inviabiliza as atividades diárias, muitas vezes fazendo com que a mulher tenha que procurar um hospital para tratamento mais intenso.

Dismenorreia primária

A dismenorreia primária é denominada cólica fisiológica, ou seja, aquela mais comum, própria do organismo. Ocorre preferencialmente em mulheres jovens e costuma aparecer um a dois anos após a primeira menstruação.

Na menstruação, o endométrio, camada interna do útero, se descama. Durante este processo, o útero (que é um músculo), se contrai ativamente a fim de evitar ciclos com hemorragia, graças à produção de uma substância chamada prostaglandina, que também é responsável pela ocorrência da dor. Por isso, a dismenorreia primária é uma condição normal do ciclo menstrual de algumas mulheres.

Além da dor, podem ocorrer outros sintomas e manifestações associadas, como náuseas, vômitos, diarreia, dor nas costas com irradiação para as pernas, cansaço, nervosismo, tontura, dor de cabeça e, eventualmente, até desmaio.

Há várias formas de se tratar a cólica menstrual a fim de melhorar a qualidade de vida das mulheres nesse período. O tratamento da dismenorreia primária é realizado com uso de antiinflamatórios não-esteroides, que agem bloqueando a produção de prostaglandinas. Seu uso não deve ser prolongado, por causa dos efeitos adversos do medicamento no estômago, intestino e rins. Devem ser ingeridos logo no primeiro dia da menstruação ou diante da presença de dor. Durante o tratamento, também podem ser utilizados medicamentos anti-espasmódicos, que diminuem as contrações uterinas.

Medidas auxiliares como uso de bebidas quentes, compressas de água quente no local, e a prática de exercícios físicos aeróbicos, auxiliam muito no alívio da dor. Outra forma de controlar a dismenorreia primária é a utilização de anticoncepcionais hormonais, mas sempre sob orientação médica.

Dismenorreia Secundária

Já a dismenorreia secundária é a cólica menstrual que ocorre em decorrência de alguma doença. Diferentemente da dismenorreia primária, ela não aparece logo após o início da menstruação, mas geralmente alguns anos após a primeira menstruação.

Quando a mulher começa a apresentar cólica menstrual com estas características, é preciso investigar minuciosamente a presença de doenças ginecológicas ou não-ginecológicas, que possam estar causando esta dor.

Dentre as causas ginecológicas mais comuns de dismenorreia secundária estão: endometriose, cistos de ovário, afecções no útero, como miomas (tumor benigno do útero), pólipos uterinos ou adenomiose, hímen imperfurado, com dificuldade de saída do fluxo menstrual, uso de DIU (dispositivo intra-uterino) sem hormônio, malformações uterinas congênitas, moléstia inflamatória pélvica e varizes pélvicas.

Há ainda outras causas que podem levar a este problema e, por isso, é importante o aconselhamento de um ginecologista para identificar a causa do problema para que seja tratado de forma adequada e eficaz.

Em casos de dismenorreia secundária, o tratamento é feito de acordo com a doença de base que está causando o sintoma, pois, podem ser utilizados antiinflamatórios e anti-espasmódicos, que aliviam os sintomas, mas não tratam a doença. Assim, é importante que se identifique exatamente a causa da cólica para que seja realizado um tratamento eficaz e curativo.

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