Conheça todos os métodos para alisar o cabelo

Conheça todos os métodos para alisar o cabelo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Puxa daqui, esquenta de lá, chapinha para um lado, secador para o outro e braço cansado...Pronto! Uma hora depois de muita malhação, você está com os cabelos "apresentáveis" para chegar no trabalho... Pois é, essa é a realidade de 65% das mulheres brasileiras que têm cabelos encaracolados e fazem de tudo para não assumir os cachos.

Que tal uma escova temporária para facilitar a vida e otimizar seu tempo? E uma escova definitiva ou um alisamento? A resposta com certeza é: "se for dar um jeito na cabeleira e me deixar mais feliz, eu topo". Mas, antes de abraçar qualquer uma dessas idéias com unhas e dentes, é importante aprender para que servem e como agem cada um desses tratamentos.

Segundo Valcinir Bedin, tricologista, os métodos não têm muita diferença entre si, apenas agem em níveis diferentes de um mesmo processo, dependendo apenas da intensidade de cada um. Eles são, na maioria, prejudiciais à saúde dos fios. Porém, os danos podem ser evitados conforme a sua escolha. "A agressividade aos fios depende dos níveis de concentração dos produtos e do tempo de exposição ao produto. Com relação ao formol, ele é proibido!", alerta Bedin.

Pois é, vale lembrar que a progressiva com formol está proibida desde maio de 2005, quando a Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deixou claro que não existem produtos autorizados por ela para esse fim e que o formol, um dos componentes utilizados pelos fabricantes de escovas progressivas, é altamente tóxico. A Anvisa divulgou, em comunicado oficial, que a quantidade máxima permitida em cosméticos, como shampoos e condicionadores, é de 0,2%. "Acontece que, nessa dosagem, ele não alisa. Por isso, os produtos para a escova progressiva contêm muito mais formol do que o permitido", explica a cabeleireira Helena Antunes, do salão Um Cabeleireiros, em São Paulo. Todo cuidado é pouco na hora de optar por esse método!

Escova Progressiva

Ao contrário do que a maioria pensa, essa técnica, também chamada de escova temporária, não deixa os fios escorridos. "Ela tira o volume, deixa as ondulações mais sutis e garante brilho intenso", explica Helena. Para dar o efeito bem liso em cabelos encaracolados, ela será feita após o alisamento tradicional na raiz. "A progressiva pode ser de chocolate, leite, vinho ou orquídea, a base de todas continua sendo a mesma: formol e queratina. O que muda é a concentração das substâncias e o poder de hidratação devido os complementos", completa a cabeleireira.

Tudo começa com a lavagem dos cabelos com shampoo de limpeza profunda para abrir as cutículas (a parte externa dos fios). Depois é a vez da solução que contém formol, aplicada a um centímetro do couro cabeludo. Na seqüência, o cabeleireiro faz uma escova com secador e depois passa a chapinha, para reforçar o novo formato. Durante três dias, não se pode lavar, prender e nem colocar o cabelo atrás da orelha, para não deixar os fios marcados.

Nem todo mundo pode fazer a progressiva, dependendo do estado do cabelo, os fios não agüentam a química. Além disso, a freqüência deve ser controlada, e o resultado vai depender das características naturais do cabelo. A manutenção deve ser feita com hidratações semanais à base de queratina, em casa ou no salão, elas são  fundamentais para manter o brilho e a maciez dos fios, além de fazer a progressiva durar mais tempo.

Mas atenção antes de experimentar essa técnica: pergunte ao seu cabeleireiro qual a concentração de formol presente no produto. Doses baixas, de 0,2% ou um pouco mais que isso, não costumam ser prejudiciais. No entanto, as mais altas podem causar alergias, vermelhidão na pele e irritação nos olhos.  

O preço do tratamento costuma variar de acordo com o comprimento dos fios e o nível do salão, mas fica entre R$ 100,00 e R$ 250,00.

Escova Definitiva

Conhecida também como alisamento japonês ou recondicionamento térmico. Ele foi criado para alisar ainda mais os cabelos das japonesas e deixá-las com a  aparência das gueixas, que têm cabelos lisérrimos. O efeito dura de quatro a seis meses e só pode ser repetido após esse período. "As mulheres que têm cabelos muito crespos não devem optar por este método, pois à medida em que o cabelo cresce, a raiz começa a aparecer e gera um contraste muito feio com o restante do cabelo, que estará bem liso", alerta Helena Antunes.   

A vantagem desse procedimento é a hidratação feita pela queratina. Mas cuidado: excesso de queratina não é bom. Os fios ficam pesados, endurecem e acabam quebrando. O efeito é alcançado com produtos à base de amônia, que redistribuem a queratina do fio uniformemente e termina com a aplicação de chapinha.

O procedimento custa em média R$ 800,00 a R$ 2.000,00, depende do lugar escolhido para tratar e do tamanho das madeixas.

Escova alemã ou escova francesa

Esse tratamento promete diminuir o volume com um alisamento sutil, que deixa o cabelo com as ondas soltas e aparência natural. Os agentes são à base de tioglicolato de amônio e os  produtos mais conhecidos são o Wellastrate, da marca francesa Wella e o Schwarzkopf, da marca alemã do mesmo nome. O que muda entre uma e outra são as concentrações. Ambos contêm queratina e extratos naturais. Quatro meses é a média de duração das escovas francesa e alemã, que pode custar de R$ 250,00 a R$ 1.000,00.

X-Tenso Progressivo

É o alisamento da L?Oréal e funciona à base de tioglicolato de amônio. Indicado para quem têm cabelos indisciplinados, volumosos, frisados, ondulados ou cacheados. Seu efeito dura aproximadamente, quatro meses e pode custar de R$ 100,00 a R$ 400,00.

Escova orgânica ou defrisagem

Seu princípio ativo é o hidróxido de cálcio e é indicada para cabelos cacheados e volumosos. Promete deixar uma aparência natural e contida dos fios. "Não deixa os cabelos crespos superlisos, mas funciona bem nos lisos arrepiados", afirma Helena. Custa, em média, R$ 200,00.

Amaciamento tradicional

É o famoso "alisamento". A maioria é composta por hidróxido de guanidina e são indicados para cabelos bem crespos. Os produtos estão disponíveis em concentrações diferentes, mas cuidado na hora de aplicar. "O mais forte não significa que deixará o cabelo mais liso. Cabelos muito crespos tendem a fracos e não agüentam altas concentrações da guanidina", alerta Helena. O preços variam, os produtos podem ser populares ou de marcas caras, ter cabelos lisos só depende do bolso e da disposição de cada uma.

Segundo o tricologista, Valcinir Bedin, as mulheres deveriam gostar do fato de ter cabelos enrolados em vez de querer alisar o tempo todo. Mas, já que essa não é uma realidade, faça uma escolha consciente para não sofrer as conseqüências depois. "A beleza reside na diversidade. Procure ressaltar o que você tem de bom e não mudar o tipo físico ou dos cabelos. Se quiser mudar, procure métodos quem tenham o aval dos órgãos regulamentadores!", aconselha Bedin.

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