Estudo europeu mostra que metade da população tem pele sensível

Estudo europeu mostra que metade da população tem pele sensível

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:56

Um estudo europeu divulgado recentemente apontou que 52% das pessoas têm pele sensível. Um número bastante significativo se considerarmos que mais da metade da população sofre do problema. Mas você sabe identificar se se enquadra nesse grupo? Conversamos com dois especialistas que explicam o que é, quais os sintomas e como tratar.

A classificação deste tipo de pele está ligada à reação intensa a estímulos físicos e químicos, como produtos e temperaturas, e pode ocorrer em qualquer momento da vida, independente do tipo (oleosa, normal, seca ou mista). No inverno, a tendência é que fique mais sensível, por conta do uso de roupas de material sintético e banho com água muito quente.

Segundo Cristina Camargo, médica especialista em estética, os sinais de pele sensível são vermelhidão, ardor, repuxamento e até descamação. “Dependendo do produto usado, a pele apresenta irritação local. O paciente tem sensação de desconforto, que pode ser agravado por uso de substâncias irritantes, sol, estresse, entre outros”, explica.

Existem diversos fatores que podem proporcionar maior sensibilidade à pele. Álcool, dietas e estresse são alguns dos causadores. Frio, vento, ar condicionado, cosméticos, sabão e ciclo menstrual também contribuem para o problema.

Há também a pele sensibilizada por tratamentos dermatológicos, como substâncias abrasivas (peeling, laser e luz pulsada). “Esses tratamentos rompem a barreira de proteção da pele e a deixa mais sensível”, explica Ana Paula Gomes, dermatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A noite também aumenta a sensibilidade, principalmente durante o sono, porque nesse período a pele fica mais permeável.

E a má notícia para a ala feminina é que segundo Ana Paula, a sensibilidade é mais freqüente nas mulheres. “Os hormônios propiciam, além do que elas usam mais cosméticos”, afirma.

Cristina Camargo explica que existem pessoas mais propensas a ter pele sensível, mas que ninguém está livre do problema. “É mais comum que portadores de atopia de pele, rosácea e dermatite seborréica sofram com o problema, mas pode ocorrer em qualquer pessoa”, diz.

A sensibilidade pode atingir toda a face ou regiões localizadas, como as pálpebras, por serem mais finas, e ao redor dos lábios. Para tratar o problema, especialistas recomendam o afastamento de qualquer produto que desencadeie ou agrave o processo. “O paciente deve procurar um médico especializado para indicar produtos industrializados ou manipulados próprios para seu problema e tipo de pele”, orienta Cristina.

Segundo Ana Paula, nesses casos é preciso evitar limpeza agressiva, como esfoliação. Ela ressalta ainda que não é fácil identificar o fator desencadeante, mas o principal é proteger a pele contra a agressão de barreira lipídica e fazer o tratamento indicado pelo dermatologista. “Nem sempre hidratar resolve, porque alguns hidratantes não protegem. A uréia, por exemplo, não é indicada, porque altera a barreira da pele. O ideal é fazer hidratação fisiológica que não altere a barreira natural da pele”, explica.

Outra solução pode ser usar cremes, loções ou géis com princípios ativos acalmantes, como o extrato de camomila e antiinflamatórios tópicos, além de evitar cosmecêuticos (cosmético funcional) que contenham álcool, uréia e ácidos. “Outra alternativa é evitar banhos escaldantes e maquiagem pesada”, completa Cristina.

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