MENU

Saúde

8 medidas para evitar crises estomacais

Evitar bebidas alcoólicas, exagerar na alimentação são algumas das prevenções contra crises de refluxo.

Fonte: guiame.com.brAtualizado: segunda-feira, 15 de dezembro de 2014 às 12:46
refluxo
refluxo

As festas de fim de ano estão aí. Apesar de muitas comemorações, família reunida e comidas variadas, o desconforto é típico nesta época do ano. A sensação de que a comida não caiu bem no estômago, seguida de queimação ou azia, são sintomas de refluxo gastroesofágico, um problema digestivo que acomete 20% dos brasileiros.

O refluxo se manifesta quando uma válvula chamada esfíncter, que tem a função de impedir que o suco gástrico vá para o esôfago, não funciona corretamente e abre sem necessidade. Parte da comida e do suco gástrico pode voltar ao esôfago e causar queimação.

Segundo o gastroenterologista Joaquim Prado Moraes Filho, professor-livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ainda não se sabe por que o esfíncter não exerce corretamente sua função. “O que sabemos é que a genética é um fator importante para o aparecimento do problema”, diz.

refluxoAlém dos sintomas como azia e sensação de que a comida está voltando para a boca, o refluxo pode apresentar outros sintomas. “O suco gástrico pode ir para o pulmão, por exemplo, e causar asma, tosse seca e soluço”, diz Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Também pode haver problemas odontológicos por causa da acidez do suco gástrico. Um exemplo é a perda da dentina, camada interna que envolve o nervo, o que leva à sensibilidade dos dentes.

Quando o refluxo prejudica a qualidade de vida da pessoa, porque dores e azia tendem a piorar com o tempo. Além disso, sem tratamento, o problema pode evoluir para a esofagite, caracterizada por machucados no esôfago, a para o chamado Esôfago de Barret, uma alteração no tecido do órgão que causa câncer.

A primeira indicação para evitar refluxo, é evitar o consumo de alimentos gordurosos, doces e bebidas gasosas. O tratamento farmacológico pode ser feito pontualmente ou cronicamente, de acordo com a gravidade da esofagite. “O tratamento com medicamentos é baseado em drogas que diminuem a secreção de ácido no estômago e nos pró-cinéticos, que aceleram o esvaziamento gástrico e tendem a contrair o esfíncter, dificultando a sua abertura sem necessidade”, diz o gastroenterologista Giovanni Faria Silva, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Nos casos mais graves, uma cirurgia pode fazer o esfíncter voltar a funcionar corretamente.

Confira os alimentos para evitar refluxo.

Alimentos calóricos
Alimentos gordurosos, como batata frita e embutidos, são digeridos de forma mais lenta pelo estômago. A demora na digestão aumenta a pressão dentro do órgão e força a abertura da válvula que separa o estômago do esôfago, o esfíncter. “Comidas com muita gordura também tendem a relaxar o esfíncter e fazer com que ele abra mais do que o normal, aumentando o risco do suco gástrico ir para o esôfago”, diz com o gastroenterologista Joaquim Prado Moraes Filho, professor livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Menos doces
Os doces exercem no estômago a mesma influência dos alimentos gordurosos: tendem a relaxar o esfíncter e fazer com que ele abra mais facilmente. Assim, o suco gástrico consegue sair e desembocar no esôfago, causando a queimação.

Controle do peso

O sobrepeso e, sobretudo, a obesidade aumentam a pressão no abdômen e no estômago. Com isso, o esfíncter se abre de maneira equivocada e o suco gástrico vai para o esôfago, causando o refluxo.

Mastigue bem os alimentos
Segundo Joaquim Prado Moraes Filho, quando uma pessoa come rápido, engole ar junto com a comida. “O ar ingerido aumenta a pressão dentro do estômago e faz com que o esfíncter se abra sem necessidade”, diz. Por isso, o ideal é mastigar bem os alimentos e comer sem pressa.

Freio para o garfo
Comer muito em uma só refeição faz com que o estômago tenha mais alimento para digerir. Consequentemente, o órgão se distende, o que leva ao aumento de pressão e à abertura do esfíncter.

Evitar bebidas gasosas
O gás das bebidas gasosas relaxa o esfíncter e faz com que ele se abra sem necessidade, facilitando a saída do suco gástrico para o esôfago. “As bebidas à base de cola são as que mais relaxam o esfíncter”, diz o gastroenterologista Giovanni Faria Silva, professor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). Consuma refrigerantes moderadamente.

Não fumar
“Substâncias presentes no cigarro, como o tabaco, estimulam a produção de suco gástrico e alteram o funcionamento do esfíncter. Esses dois fatores juntos contribuem, e muito, para que o conteúdo do estômago vá para o esôfago”, explica Ricardo Barbuti, gastroenterologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

Dormir duas horas depois da última refeição
Quando nos deitamos, a pressão dentro do abdômen aumenta naturalmente — e a pressão do estômago também. Se uma pessoa que tem tendência ao refluxo vai dormir com a barriga cheia, o risco de o alimento que está no estômago ir para o esôfago é maior. Por isso, é preciso esperar que parte da comida tenha sido digerida antes de se deitar.


com informações de: Veja

 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições