O seu banheiro é um dos lugares mais limpos da casa e o perigo real pode estar onde você nem imagina.
“O vaso sanitário é pouco contaminado por causa das várias lavagens que fazemos. Se analisarmos, devemos encontrar umas 100 bactérias por cm², mas se olharmos uma tábua de carne, esse número é até 500 vezes maior”, disse o biomédico Roberto Martins Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, ao site M de Mulher.
Quer saber quais são os cantos e objetos mais imundos da casa e aprender a higienizá-los perfeitamente? Veja a seguir as dicas do biomédico e parta para faxina certeira.
Esponja
É a campeã em número de bactérias: “tem 10 mil vezes mais que um tampo de privada”, atesta o dr. Bactéria. E atenção: a durabilidade é de apenas uma semana! Sim, mesmo que você a limpe direitinho, deve descartá-la de sete em sete dias.
Como higienizar: O biomédico indica três técnicas. “A primeira é molhar a esponja, embrulhar molhada em papel-toalha e levar ao micro-ondas por dois minutos”. A segunda é deixar em água fervendo de 3 a 5 minutos. E a última consiste em deixar em solução de duas colheres de sopa de água sanitária por litro de água.
As únicas esponjas que estão livres dessa higienização constante são as que contêm íons de prata (essa característica vem no rótulo). Mas elas também só duram uma semana!
Controle remoto
Pode ser o da TV, o do ar-condidiconado… qualquer controle que passe de mão em mão vai acumulando as bactérias do usuário. “São bactérias que trazemos da rua, do toque no elevador, de um espirro sem lavar a mão… A contaminação ali é muito grande”, afirma o Dr. Bactéria. E ele ainda lembra que um vírus pode permanecer até 48h vivo no controle.
Como higienizar: Pelo menos uma vez por semana, umedeça um papel-toalha com álcool isopropílico e passe levemente em todas as superfícies do controle.
Maçanetas e interruptores
Muito manipulados, assim como o controle remoto, esses itens costumam ser muito contaminados. “Todos os interruptores de luz podem ter cerca de 217 bactérias diferentes que persistem no seu pequeno botão”, atesta o Dr. Bactéria.
Como higienizar: Use diariamente um pano umedecido com desinfetante ou passe um paninho com álcool gel.
Tábua de corte
Como falamos no início desta matéria, a tábua é um dos itens mais sujos da casa, podendo conter 500 vezes mais bactérias do que o vaso sanitário.
E dependendo do material, devem ser descartadas: “As de madeira são proibidas, pois não tem como limpá-las adequadamente”, aconselha o Dr. Bactéria. Ele indica os modelos de plástico e com uma ressalva: “Use uma para cada tipo de alimento. Procure cores diferentes para não confundi-las, usando vermelha para carnes cruas, verdes para verduras…”, orienta.
Como higienizar: imediatamente após o uso, lave bem com água e detergente. Finalize com vinagre puro, sem enxague. E um alerta: “A tábua está muito riscada ou desbotando? Substitua por uma nova”.
Carpete
Esse é o paraíso dos ácaros. A descamação natural da nossa pele serve de alimento diário para esses bichinhos. Isso sem contar a sujeira que o tecido acumula trazida pelos sapatos e restos de alimento. Se não puder trocá-lo por um piso mais fácil de limpar, fique atenta às dicas de limpeza.
Como higienizar: Uma vez por semana, sobre o carpete, jogue bicarbonato puro, esfregue e espere 15 minutos. “Só aí, passe o aspirador de pó, que deve ter o elemento filtrante HEPA – com capacidade de filtrar as fezes de ácaros”, ensina o biomédico. Outro método eficiente é passar um pano com vinagre de limpeza (65% de ácido acético).
Teclado do computador
Além da intensa manipulação, a gente sempre come uma coisinha, cai um farelo… E ali vão se acumulando mais e mais bactérias.
Como higienizar: De 15 em 15 dias, vire o teclado ao contrário, dê batidinhas para a sujeira desgrudar e cair. Aí, é só limpar com pano umedecido com álcool isopropílico. “Jatos de ar frio com secador de cabelo também ajudam a fazer uma boa limpeza”, recomenda o biomédico.
Escova de dente
Ela não deve ser guardada molhada e fechada, pois isso cria um ambiente ótimo para as bactérias. Mas o maior problema mesmo de contaminação – da escova e de todo o espaço – é dar a descarga com a tampa aberta. “O spray chega a 2 m de altura, contaminando tudo”, diz o Dr. Bactéria. E o prazo de validade de cada escova é de 2 meses. “Já se você passar por uma infecção oral, troque antes do prazo”, orienta.
Como higienizar: “Após a escovação, lave, bata na pia para tirar a água e passe um preparado de gluconato de clorexidina a 0,12% – mande fazer em farmácia de manipulação”, diz o biomédico. Deixe secando em copo individual com as cerdas para cima.
Celular
Segundo o biomédico, o celular é mais sujo que uma sola de sapato! Isso porque o levamos para cima e para baixo, manipulamos com a mão suja, deixamos cair no chão… E ele faz um alerta: não o leve ao banheiro!
Como higienizar: Molhe um papel-toalha com álcool isopropílico e passe levemente.
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