O presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Maurício Ceschin, defendeu nesta terça-feira (3) em São Paulo uma proposta polêmica e de difícil execução: que os planos de saúde financiem também medicamentos de uso domiciliar, além da assistência médica e odontológica. A lei que regula o setor de planos atualmente veta a cobertura de medicamentos de uso domiciliar - só os fornecidos durante a internação são pagos.
Ceschin, que assumiu o posto há duas semanas, disse que o assunto será discutido no ano que vem.
- Hoje, os pacientes fazem a consulta no setor privado e vão ao SUS [Sistema Único de Saúde] retirar o medicamento. Não vejo por que não trazer esse benefício à saúde suplementar.
Ele afirmou que ainda não sabe como realizar a proposta, defendida por órgãos dos consumidores. O executivo ressaltou que planos em outros países fazem a cobertura.
Durante o evento, Ceschin também defendeu que os planos contribuam para o Samu, atendimento de urgência feito por ambulâncias do SUS. E que façam aportes no Sistema Nacional de Transplantes.
- Quem faz o atendimento emergencial é a saúde pública. Por que o sistema privado dá o direito e não faz? Por que não se liga ao sistema público e ajuda a financiar?
Solange Mendes, diretora executiva da Fenasaúde, que reúne operadoras do setor, diz que "é preciso conversar".
- Cada acréscimo de serviço é um acréscimo de custo. Será que a sociedade quer pagar mais?
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