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América tenta evitar surto de sarampo

América tenta evitar surto de sarampo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:24

O continente americano enfrenta o vírus do sarampo, responsável por um atual surto no Equador, para que não se estabeleça no continente, que só conseguiu erradicar suas variedades mais comuns, segundo informaram diversos especialistas.

Carlos Castillo, assessor regional de imunizações da rubéola e sarampo da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde), disse que até o começo deste mês foram registrados 1.015 casos na América, todos eles por vírus trazidos por viajantes de outras regiões.

- Há uma grande mobilização para evitar que o vírus se reinstale.

Ele disse assegurar que a enfermidade foi erradicada na América em 2002.

O sarampo é uma doença muito contagiosa que pode causar graves complicações, inclusive a morte. Mas é facilmente prevenido com vacinas até os 15 anos de idade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), neste ano foram registrados mais de 150 mil casos na Europa, África e América.

Na América, o maior foco registrado foi em Quebec, no Canadá, com 742 infectados, 89 dos quais foram hospitalizados, embora nenhum tenha morrido, segundo a OMS.

O resto dos focos apareceu nos Estados Unidos, com 213 casos, Brasil (18), Colômbia (7), México (3) e Chile (6).

Embora a OMS tenha registrado 41 casos no Equador, o ministério da Saúde do país calculou em 73 o número de afetados pelo vírus.

Na América, comentou Castillo, os países fiscalizam suas fronteiras e fazem trabalhos conjuntos de vacinação, mas não estão livres do risco, pois não podem impedir o trânsito das pessoas.

Até o momento se "recomenda" a vacinação contra o sarampo para entrar nos países, explicou. Apesar disso, a situação atual, incluindo o surto no Equador, está "sob controle", segundo Castillo.

Ana Morice, consultora regional da OPS, esclareceu que "não há uma maior disseminação" do sarampo e explicou que o vírus foi eliminado no país há pelo menos 12 meses.

- Se o surto continuar por até um ano, consideramos que o vírus foi reintroduziu no continente, mas isso não ocorre desde 2002, pois todos os focos foram controlados a tempo.

O que mais durou, com 11 meses, foi na Venezuela em 2006, disse a especialista. Para Ana, a situação da América com relação ao vírus é "muito propícia", pois há bons níveis de vacinação e vigilância, que permite detectar os casos e cortar a transmissão. No entanto, ela lembrou a responsabilidade de países de outras regiões para conseguir grandes coberturas de vacinação e fortalecer a vigilância. Caso contrário, no continente americano, "onde o cerco à doença foi muito bem feito, será difícil conter os focos secundários por vírus importados.

Morice informou que em torneios como a Copa do Mundo de 2014 no Brasil serão adotadas ações para evitar uma nova chegada do vírus.

No Equador, onde a variedade endêmica do sarampo foi erradicada em 1997, o vírus importado afetou especialmente crianças que não estavam vacinadas. Agora, o país está passando por uma campanha de vacinação centrada na Província de Tungurahua, no centro andino, onde há 72 casos confirmados.

O governo equatoriano enviou um avião ao Panamá para trazer 250 mil doses e espera importar até fim do mês 1,2 milhão de vacinas. A subsecretária de Saúde do litoral equatoriano, Fátima Franco, disse que este ano foram investidos US$ 54 milhões no programa de imunizações, aos quais se somarão US$ 5 milhões por causa do surto de sarampo. Morice informou que a vacina é muito efetiva, por isso pediu confiança no produto que pode ser aplicado "várias vezes".

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