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Saúde

Anvisa mantém venda de sibutramina.

Anvisa mantém venda de sibutramina.

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:25

A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável por regular os medicamentos no país, votou nesta terça-feira (4) pela proibição de inibidores de apetite derivados de anfetaminas (como anfepramona, femproporex e mazindol). O uso de medicamentos à base de sibutramina  – que causou maior   polêmica   – foi mantido, mas sob controle maior de uso e de   venda .

A decisão dos diretores seguiu o relatório do diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Brás Aparecido Barbano que estabeleceu a proibição da produção e o cancelamento de registros válidos e impedimento de novos registros de medicamentos baseados em   anfepramona, femproporex e mazindol .

Depois de publicada a norma pela agência, as farmácias terão o   prazo   de 60 dias para retirar os produtos das prateleiras.

A discussão sobre o tema começou no início do ano, sob a alegação de que os riscos à   saúde   desses remédios superam os benefícios. No começo dos debates, a ideia era   banir todos medicamentos   com derivados de anfetaminas (femproporex, mazindol e anfepramona) e a sibutramina.

Relatório elaborado pelos técnicos da Anvisa e apresentado aos membros da Câmara Técnica de Medicamentos no mês passado já mostrava que a agência havia recuado na   decisão de proibir   a venda de emagrecedores. A pressão feita por médicos e indústria farmacêutica pode ter sido um dos motivos para flexibilizar a ideia original.

Estudos indicam que os medicamentos derivados da anfetamina, também chamados de   anorexígenos , podem provocar problemas cardiopulmonares e no sistema nervoso central.

Termos de compromisso

A sibutramina, droga que aumenta a saciedade, é um dos principais substâncias utilizadas para pessoas no   tratamento   de pessoas com problemas de sobrepeso e obesidade. Desde março do ano passado, elas passaram a ter um controle maior de prescrição e venda no Brasil, após um estudo indicar que o uso contínuo pode aumentar o risco de   infarto e AVC   (acidente vascular cerebral). Na Europa, o uso da droga é proibido.

As análises sobre estes produtos disponíveis no mercado verificaram que eles são mais indicados para obesos sem histórico de doenças cardíacas, pacientes com   diabetes , mulheres com ovários policísticos e aqueles com hepatite   não alcoólica . Será recomendado, inclusive, o descontinuidade do uso para pacientes que não responderam em quatro semanas ao tratamento com esta substância.

Barbano ressaltou que o uso dos medicamentos com sibutramina estará sob monitoramento pela agência por mais 12 meses para a análise do perfil de segurança do   produto . Ele recomenda ainda que os médicos e pacientes deverão assinar um termo de compromisso e que terão a responsabilidade de reportar qualquer tipo de  efeito colateral decorrente do uso deste   remédio .

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