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Aparelho Canfield faz diagnóstico rápido e preciso do câncer de pele

Aparelho Canfield faz diagnóstico rápido e preciso do câncer de pele

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

O câncer de pele do tipo não melanoma permanece como o de maior incidência no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou em fevereiro as estimativas para o biênio 2008/2009, que apontam para 115.010 mil novos casos, cerca de 25% do total de 466.730 novos casos de câncer de todos os tipos como próstata, pulmão, mama e colo de útero, entre outros. Os dados, que acompanham o mesmo perfil de magnitude observada no resto do mundo, mostram que 55.890 mil homens e 59.120 mil mulheres serão acometidos pelo câncer de pele não melanoma. Esses números correspondem a um risco médio nacional estimado de 59 novos casos a cada 100 mil homens e 61 novos casos a cada 100 mil mulheres. Na região Sudeste do País, esse número vai a 68 casos a cada 100 mil homens e 64 casos a cada 100 mil mulheres, a segunda região do País de maior incidência para os dois sexos.

Segundo o Inca, a maioria desses casos poderia ser amenizada ou tratada se o diagnóstico fosse rápido, preciso e bem no início. Buscando justamente essa agilidade, a clínica Dermatolaser, em Campinas (SP) trouxe para o Brasil o aparelho Canfield Scientific, uma ferramenta de última geração que, aliada ao software Mirror Imaging, promove um completo escaneamento da pele do paciente, ajudando a detectar manchas, pintas ou lesões com tendência à malignidade.

A dermatologista responsável pela clínica, Christiana Blattner, explica que o Canfield é uma revolução na prevenção e diagnóstico de lesões na pele porque possibilita aumentar em 70 vezes a imagem da área a ser analisada. "Antes, só era possível fazer o exame por dermatoscopia, mas para isso a pinta precisava ser retirada primeiro", explicou. De acordo com a médica, a olho nu é possível, às vezes, confundir um melanoma com uma ceratose seborréica, por exemplo. "Nesse caso, o paciente era submetido a um procedimento cirúrgico para retirada dessa pinta sem necessidade e para chegarmos a um diagnóstico ideal era preciso fazer inúmeras comparações (são em média de 1,5 mil). O novo equipamento, além de seguro, é rápido, menos invasivo e totalmente indolor. As pintas ou manchas são fotografadas e analisadas. Os dados são salvos em um CD e podem ser consultados em visitas posteriores para observar a evolução da lesão", disse Christiana.

De acordo com a dermatologista, o funcionamento do Canfield é bastante simples, mas muito importante para a dermatologia. A técnica do body mapping - em português, mapeamento do corpo - está rapidamente ganhando popularidade como uma ferramenta a ser utilizada com pacientes que têm alto risco de melanoma. Muitos centros de tratamento de câncer e mais de 60% dos programas de residência dos Estados Unidos empregam essa técnica para auxiliar o mais cedo possível em diagnósticos de lesões suspeitas. "O diagnóstico precoce é muito importante. É preciso que os pacientes visitem o dermatologista periodicamente para acompanhar, por exemplo, se as lesões estão aumentando de tamanho", afirmou.

Melanoma, o mais grave

O câncer de pele não melanoma embora de baixa letalidade pode levar a ulcerações graves e deformidades físicas. Com relação ao melanoma, o mais maligno dos cânceres de pele, sua letalidade é elevada, porém sua incidência é baixa (2.950 casos novos em homens e 2.970 casos novos em mulheres), com maior número na região Sul.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que anualmente ocorram cerca de 132 mil casos novos desse câncer no mundo, e em termos de prevalência seja de cerca de 2,5%. Apesar de a letalidade ser considerada baixa, há alguns casos onde a demora no diagnóstico desse câncer pode levar a ulceração e deformidades físicas graves. Tem-se observado um expressivo crescimento desse tipo de câncer em pessoas de pele branca. Quando detectados em estágios iniciais, são curáveis.

Nos países desenvolvidos a sobrevida média estimada em cinco anos é de 73% enquanto que para os países em desenvolvimento a sobrevida média é de 56%. A média mundial estimada é de 69%.

Postado por: Claudia Moraes

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