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Atletas: exemplo de saúde?

Atletas: exemplo de saúde?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:32

Quando se pensa em um atleta, imagina-se alguém como exemplo de saúde. Mas nem sempre é assim. As competições estimulam a intensidade de treinamento e muitos treinam sentindo dor, fatos que aumentam a possibilidade de lesões e dores crônicas.

Segundo o ortopedista e traumatologista André Pedrinelli, cada pessoa tem sua própria capacidade de regeneração de tecidos e se um indivíduo faz exercício além da sua capacidade, pode estar se machucando. "Se faz uma vez, não acontece nada, mas se é realizado 100, 1.000 vezes, obviamente terá um comprometimento. O esporte competitivo não é saúde. Já esporte moderado é saúde", ressalta o médico.

Apesar disso, Pedrinelli esclarece que o excesso de atividade não é tão prejudicial quanto o sedentarismo, pois o primeiro compromete apenas o órgão locomotor e o segundo causa problemas em outros órgãos do corpo humano.

O limite entre a alta performance e doenças ligadas ao super treinamento é absolutamente individual, não sendo possível definir com precisão. "Não há nenhum marcador laboratorial que indique haver excesso de atividade. Há algumas coisas que dão pistas indiretas disso, como: a pessoa começa a não dormir direito, emagrece e não consegue recuperar o peso; apresenta infecções de repetição, ou seja, começa a ficar constantemente gripada. Tem alguns exames laboratoriais que podem ou não dar alterações", afirma.

Normalmente, é possível verificar o limite de cada atleta na avaliação antes dos treinos, mas não é algo preciso. "Um atleta bem avaliado sabe exatamente aonde pode chegar. A outra questão é planejamento. Se não tiver, pode chegar tarde demais ou rápido demais sem ter base física", declara.

Uma pessoa que pratica esporte por lazer também pode sofrer com contusões e doenças crônicas, mas com uma intensidade bem menor. Para evitar qualquer problema, é necessário, de acordo com o ortopedista, um treinamento equilibrado, no qual haja fortalecimento da musculatura e alongamento. "O treinamento adequado é o que protege o aparelho locomotor."

Esportes associados a doenças

- Esportes de longa duração, como maratonas e hipismo de estrada: há a tendência de desenvolver-se tendinite, bursite e inflamações crônicas;

- Provas de velocidade, como 100 metros rasos (atletismo) e 50 metros da natação: são comuns lesões musculares porque a pessoa tem que fazer um percurso numa velocidade muito grande;

- Futebol: como é esporte misto, é possível desenvolver várias lesões traumáticas e crônicas (entorse de joelho, de tornozelo, tendinite), além de contusões musculares.

- Vôlei: é parecido com o futebol, mas como exige mais impulsão e usam-se os membros inferiores e superiores, ocorrem muitos problemas de ombro e coluna.

- Ginástica artística: a diferença para o vôlei é que tem impacto nos membros superiores, ou seja, apoio. "Como a pessoa faz estrelas, dá cambalhotas, faz parada de mãos, salta, há amortecimento de impacto no punho. Embora no vôlei tenha-se que bater na bola, é um tipo de impacto diferente."

- Judô: ocorrem problemas tanto nos membros superiores quanto nos inferiores, mas as lesões musculares ocorrem mais nas flexões porque é preciso puxar o adversário para si. Também são comuns lesões nos dedos. Nas lutas no solo, é normal fratura da cartilagem da orelha.

"As doenças de uma forma geral são tratadas como medicamentos e fisioterapia. Algumas vezes são necessárias cirurgias e a reorientação da atividade física", finaliza o médico.

Postado por: Claudia Moraes

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