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Saúde

Aumento da expectativa de vida deve incentivar crescimento da Medicina Paliativa

Aumento da expectativa de vida deve incentivar crescimento da Medicina Paliativa

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:31

Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, o país também terá, como conseqüência, maior número de pessoas que vão atingir a chamada "quarta idade", ou seja, acima dos 75 anos. Em algum momento da vida, essa parcela da população terá que conviver com alguma limitação física ou doença crônica.

Com base nisso, os médicos especializados em cuidados paliativos atuam no envelhecimento com qualidade de vida em diversas áreas da saúde, como oncologia, neurologia, psiquiatria, geriatria e em pacientes com doenças crônicas, como diabetes, Alzheimer ou Parkinson. "Vamos viver mais e nem sempre as doenças têm cura, justamente quando o tratamento paliativo é um aliado nesses casos", afirma o oncologista da Neo Saúde, Roberto Bettega.

Atualmente, as pessoas sofrem acidentes, afastam-se por doenças do trabalho e são acometidas por outras doenças crônicas degenerativas. Para esses pacientes, os avanços dos cuidados paliativos incluem medicamentos contra dor, náuseas e dispnéias. "No último congresso mundial, que ocorreu na Escócia, presenciei o lançamento de medicações mais avançadas e que estão cada vez mais fáceis de administrar, como as transdérmicas (adesivos na pele para controle da dor), sublinguais, que podem ser aplicadas pela própria família ou cuidador", avalia o médico.

Médico, família e equipe multidisciplinar

Bettega, que é diretor científico da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), afirma que existem no país cerca de cem profissionais da saúde com a formação em cuidados paliativos. Segundo ele, o médico deve se voltar não apenas para a cura, mas para tratar dos pacientes que vão necessitar dos cuidados paliativos.

Além do médico, o tratamento desses pacientes requer uma equipe multidisciplinar, formada por enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos especializados em cuidados paliativos. "Se ninguém cuidar dos pacientes, eles vão viver mal e podem morrer antes. Pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), por exemplo, vivem mais de dez anos com a doença. Eles têm direito a um bom cuidado, nutrição e apoio psicológico, além do suporte da família, que precisa aderir ao tratamento", descreve.

O médico relata experiência com pacientes oncológicos que há mais de três anos estão convivendo com a doença, cujo tratamento paliativo permite viver sem dor ou sintomas e com melhor qualidade de vida.

Postado por: Claudia Moraes

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