Um estudo feito pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo apontou uma ligação entre o baixo peso infantil e maiores chances de desenvolver doenças crônicas na vida adulta.
Segundo a professora Ana Escobar, especialista em pediatria do HC, pessoas que nascem com menos de 2,5 quilos têm maior probabilidade de apresentar futuras doenças crônicas e também de gerar filhos com baixo peso.
De acordo com a médica, o aleitamento materno pode fazer a diferença nesse processo. Entretanto, a pesquida mostrou que aqueles que mais precisariam amamentar acabam ficando impossibilitados. "Das 1.600 crianças que estão sendo avaliadas, 11,2% nasceram com baixo peso. Dessas, 34% nunca puderam vir a mamar no peito, por estarem em incubadoras ou por outras impossibilidades causadas por problemas intrauterinos", informa.
A pesquisa do Instituto também está avaliando as mães das crianças e as condições de gestação. "O estudo mostrou que 42% das mães que tiveram problemas de hipertensão haviam nascido com baixo peso. Seus filhos também terão maior chance de nascerem com baixo peso e de serem hipertensos quando adultos, completando o ciclo", aponta a especialista.
Para Escobar, o estudo é importante para o desenvolvimento de políticas públicas na área de saúde, pois indica que ainda no útero é possível prever a ocorrência futura de doenças crônicas.
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