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Bichoterapia: Quando os animais viram fontes de saúde

Bichoterapia: Quando os animais viram fontes de saúde

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Já foi cientificamente comprovado que os animais de estimação despertam no ser humano atitudes orgânicas e psíquicas bastante positivas. Estudos recentes comprovam que as pessoas doentes reagem mais rapidamente à terapêutica clínica quando recebem a visita de algum animal.

A pesquisa divulgada pela Universidade da Nova Inglaterra revela que a visita de um animal durante apenas 12 minutos, pode restituir a saúde de pacientes cardíacos ou com problemas pulmonares, além de reduzir a pressão arterial, estancar a circulação de hormônios que podem arruinar o coração, e amenizar a ansiedade de internos com disfunções neste órgão. Outras pesquisas revelam que os proprietários de animais são menos suscetíveis a desequilíbrios psíquicos e a episódios de hipertensão. É o tratamento já conhecido como Bichoterapia que a cada dia que passa vai conquistando mais adeptos em todo o mundo.

A bichoterapia tem como objetivo integrar seres humanos e animais em contextos terapêuticos que abrangem visitas, entretenimentos e momentos de lazer, e igualmente durante a realização de exames e a manutenção dos pacientes em aparelhos. Esta idéia se consolida no projeto conhecido como Atividade Assistida por Animais - AAA. Esta terapia é também chamada de 'pet terapia' e 'zooterapia'.

Para os especialistas, os animais auxiliam o ser humano no reequilíbrio de seu organismo por oferecerem aos seus donos ou companheiros amor incondicional, doado de livre e espontânea vontade. Esta atitude liberta no organismo humano uma maior dose de dopamina e de serotonina, as quais tranqüilizam e transmitem uma impressão de felicidade. Isto provoca um aprimoramento do sistema imunológico, as enfermidades desaparecem e as pessoas se sentem mais felizes.

É importante para uma pessoa que está triste ou deprimida ter alguém para tomar conta, dar banho, comida, ter uma companhia para seus passeios, enfim, devolver a sua existência a finalidade perdida. E o animal cumpre bem essa missão, preenchendo a lacuna deixada por entes queridos.

A instituição Delta Society, organismo internacional sem fins lucrativos, aposta nesta evidência e promove, por exemplo, o contato dos bichinhos com idosos, com o auxílio de psicólogos, veterinários e fisioterapeutas. Desta relação, o paciente obtém vantagens como o aperfeiçoamento do tônus muscular, mais força motriz, desenvolvimento da sensibilidade, maior capacidade de socialização, de transporte e uma boa recuperação da memória.

Segundo os especialistas, os cachorros imprimem geralmente maior velocidade a este processo de cura. Em todo o mundo não param de aparecer pesquisas confirmando o valor terapêutico do animal de estimação. Um dos mais recentes, feito pela conceituada Associação Americana de Cardiologia (AHA American Heart Association), mostrou que 94% dos pacientes que tinham bicho em casa e passaram pela UTI sobreviveram um ano após a alta, contra 71% dos que não contavam com a companhia de um pet.

A pesquisa ainda revelou que não é necessário um convívio intenso para se notarem efeitos como alívio da ansiedade e estabilização da pressão. "O cão, por exemplo, acalma o idoso, faz com que ele se sinta amado e ajuda na auto-estima", garante a psicóloga Kátia Aiello, de São Paulo, que é especializada na relação homem e animal.

Os benefícios da Terapia Assistida por Animais (TAA) incluem mudanças psicológicas e físicas, atuando como terapia ocupacional, estimulando as funções motoras e a interação social, desenvolvendo auto-confiança e auto-estima e promovendo, durante as sessões, um ambiente de estímulos, convivência saudável e momentos de prazer e alegria. Segundo a pedagoga Caroline Arcari Meyer, participante do projeto, "o tratamento aumenta os canais de percepção do idoso e o torna mais receptivo ao meio que vive". Este trabalho começou em abril de 2006 na Associação Beneficente André Luiz, em Rio Verde, Goiás, e tem como objetivo atender os idosos em suas mais diversas necessidades sejam elas emocionais, mentais, físicas e sociais. A Pet Terapia é aplicada em tratamentos variados e tem apresentado resultados positivos com os idosos da Associação. O trabalho é realizado quinzenalmente por uma equipe composta por médicos veterinários, médico, pedagoga, fisioterapeuta e voluntários treinados e habilitados, tendo conhecimentos básicos de Psicologia da terceira idade, técnicas de aproximação e técnicas de aplicação das atividades propostas e adestramento básico.

Segundo os médicos veterinários responsáveis pelo trabalho na Associação, Fabiano Meyer e Andiara Martins, "todos os animais participantes do projeto são vacinados, limpos e atendem a todas as exigências relativas à higiene e à periodicidade dos exames e das vacinas". Os animais participantes são dóceis, sociáveis e habituados ao convívio com humanos, e durante as sessões, os bichinhos são mantidos sob supervisão dos voluntários, que coordenam as atividades e a interação.

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