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Brasileiros lideram ranking de consumo de moderadores de apetite

Brasileiros lideram ranking de consumo de moderadores de apetite

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Os nomes até variam, mas as dietas da moda têm sempre o mesmo objetivo: oferecer a fórmula mágica para perder, rapidamente, os quilos excedentes. Nessa busca desenfreada pelo padrão ideal de beleza, muitas pessoas cometem excessos que colocam em risco a saúde e o bem-estar. Com a proximidade do verão a busca por mudanças rápidas pode comprometer o organismo.

Exemplo disso é o elevado consumo de moderadores de apetite. Os brasileiros são os que mais utilizam medicações dessa ordem, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). De janeiro a julho deste ano, foram vendidos cerca de 170 milhões de cápsulas para emagrecer, isso só nas farmácias de manipulação.

A endocrinologista Alessandra Fonseca, da Amil Brasília, explica que o uso dessa classe de medicação é recomendado apenas a pessoas com sobrepeso real, que não obtêm sucesso com dieta conjugada a atividade física. "Nesses casos, a prescrição e o estreito acompanhamento médico são essenciais", destaca a especialista.

Quando adotados sem orientação e acompanhamento os moderadores de apetite trazem bem mais riscos que benefícios. "Podem até colaborar para a redução do peso, mas também podem ocasionar perda de massa muscular, alteração do metabolismo, taquicardia, aumento da pressão arterial, insônia, entre vários outros problemas", adverte a médica. Para quem quer manter o peso saudável ou simplesmente fazer as pazes com a própria imagem Dra. Alessandra é enfática: "A receita é adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios regulares. Quem investe nessa dobradinha deixa o corpo em forma e, como bônus, ganha qualidade de vida e longevidade".

Dados da OMS atestam que há um bilhão de adultos com excesso de peso e cerca de 300 milhões com obesidade no mundo. No Brasil, 40% da população estão acima do peso. A médica Hermelinda Pedrosa, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, diz que essa situação deve-se ao crescente estímulo do consumo de produtos ricos em gordura e açúcar. "Hoje, há um grande apelo para alimentos pouco nutritivos, a exemplo do fast food. Para mudar isso é necessário conscientização", enfatiza.

Saiba mais sobre as dietas da moda

BERVELY HILLS - Não permite misturar proteínas e carboidratos nas refeições e estimula o consumo exagerado de frutas, principalmente abacaxi. PROBLEMA: propõe uma alimentação de baixa qualidade, o que conduz à carência de nutrientes.

DR. ATKINS - Conhecida como dieta da proteína, restringe o consumo de açúcar, cereais, massas, arroz, leguminosas secas, legumes e frutas. PROBLEMA: O baixo consumo de carboidratos obriga o organismo a gastar suas reversas, causando carência desse nutriente.

LÍQUIDA - Caracteriza-se pela substituição de refeições normais por fórmulas líquidas. É uma combinação de carboidratos e proteínas, com pouco sal. Ela já vem pronta e é vendida em farmácias. PROBLEMA: Só funciona no começo, é pouco nutritiva e não favorece a adoção de novos hábitos alimentares.

SCARSDALE - Estabelece proporções específicas na composição das refeições: 43% de proteínas, 34,5% de carboidratos e 22,5% de lipídios. PROBLEMA: A perda rápida de peso no começo é significativa, mas é contra-indicada por períodos longos por ser pobre em carboidratos.

Postado por: Claudia Moraes

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