Quando chega o verão, a maioria das pessoas fica feliz e ansiosa para curtir a praia ou a piscina. É nesta época do ano, porém, que muitas doenças tornam-se mais comuns, como por exemplo as micoses, que gostam de períodos quentes e úmidos.
No verão, as pessoas usam óleos de bronzear, roupas molhadas e outros ítens que facilitam a proliferação de fungos e a disseminação de doenças, como as micoses, que são assim classificadas:
a) Superficiais: localizadas na camada externa da pele, não costumam trazer maiores problemas para a saúde, sendo fáceis de tratar;
b) Profundas: mais graves e de tratamento difícil, porque os fungos se disseminam pela corrente sangüínea e linfática, podendo chegar a atingir órgãos internos, como pulmões e intestinos, ou ossos e sistema nervoso.
Entre as micoses superficiais, a micose de praia, ou pitiríase versicolor como é chamada pelos médicos, é a mais comum. Conhecida popularmente também como pano branco, ela não é, ao contrário do que se pensa, adquirida propriamente na praia ou na piscina.
Segundo o dermatologista e professor da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dr. Marcelo Bellini, "o fungo causador da micose (Malassezia furfur) habita a pele de todas as pessoas, mas somente aquelas que já têm uma predisposição genética, quando submetidas a determinadas condições, desenvolvem a doença".
O fungo da micose causa danos às células de pigmentação da pele. Então, a região afetada não se bronzeia, formando manchas normalmente claras. "Por isso, a pessoa acaba constatando que tem a micose depois da ida à praia ou à piscina, mas isso não quer dizer que ela pegou o fungo nestes locais", esclarece Bellini.
Para quem já teve micose de praia alguma vez, é bom tomar algumas precauções. Apesar de o tratamento para a micose de praia ser rápido, ele apenas torna o fungo inativo e, por isso, tem boas chances de voltar a se desenvolver. "Sendo assim, o melhor é evitar o uso de bronzeadores e protetores solares à base de óleo e cremes de cabelo que, em excesso, que escorrem pelo corpo", completa o dermatologista.
A pitiríase versicolor também não é a única micose vilã do verão. Há outras micoses bem mais contagiosas e essas, sim, mais facilmente adquiridas nos banhos de praia e de piscina. São as chamadas tineas ou dermatofitoses, que podem aparecer em várias partes do corpo, como virilha, mãos, unhas e pés.
Já as micoses de unha, chamadas de onicomicoses, podem se manifestar de diversas formas, como unhas quebradiças, ou mais espessas, duras e grossas. Estas são mais difíceis de curar em razão do tratamento demorado Uma forma de contágio comum da micose de unha é o uso de alicates e outros materiais de manicure contaminados.
Dicas do Dr. Marcelo Bellini para evitar micoses:
? Evite usar produtos que aumentem muito a oleosidade da pele;
? Evite andar descalço, principalmente em pisos úmidos ou públicos, como lava-pés, vestiários e saunas;
? Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés) de outras pessoas;
? Seque-se sempre muito bem após o banho, principalmente as dobras de pele, como axilas, virilha e dedos dos pés;
? Evite ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo.
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