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Saúde

Campanha esclarece a população sobre saúde reprodutiva

Campanha esclarece a população sobre saúde reprodutiva

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:31

Nos dias de hoje é muito comum casais procurarem tratamento para engravidar, especialmente os que adiam o sonho de ter filhos. Mas, não basta apenas confiar nas técnicas médicas, é necessário cuidar da saúde reprodutiva e avaliar os riscos da maternidade tardia para a mulher e para o bebê.

Esses e outros fatores que interferem na fertilidade são o tema da Campanha de Preservação da Saúde Reprodutiva, que será realizada pelo Centro de Reprodução Humana Curitiba, no dia 17 de outubro, das 10 às 16h.

Dados médicos mostram que a capacidade reprodutiva das mulheres entre 30 e 35 anos reduz de 15 a 20%. A possibilidade é ainda menor entre 35 e 39 anos, quando as chances caem de 25 a 50%, e entre 40 e 45 anos, que pode chegar a 95%. Já os homens apresentam uma redução natural pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 40 anos.

De acordo com o ginecologista e diretor do Centro de Reprodução Humana Curitiba, Dr. Ricardo Beck, é necessário deixar claro para a população que há imponderações para a saúde da gestante de mais idade. "Pode se tornar diabética, ter hipertensão, além de riscos próprios da gestação tardia como nascimento de prematuros em gestações múltiplas e da necessidade de recursos como a doação de óvulos para mulheres com mais de 42 anos", conta.

Para ele, as informações sobre reprodução assistida transmitidas pela mídia nos últimos anos passaram a imagem de que atualmente as técnicas médicas resolvem todos os problemas, o que não é verdade. "A sociedade recebeu um bombardeio de informações sobre reprodução assistida nos últimos anos, porém muitas delas são sensacionalistas, passando a nítida impressão que as técnicas utilizadas resolvem todos os fatores", afirma.

Protegendo a saúde reprodutiva

A campanha mostra também que é possível proteger a saúde reprodutiva muito antes de se pensar em ter filhos. Os cuidados são praticamente os mesmos que se deve ter para garantir uma vida saudável: alimentação equilibrada e exercícios físicos - para evitar a obesidade, não fumar e usar preservativos nas relações sexuais, evitando doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo o ginecologista, além da idade, outros fatores interferem na fertilidade feminina, como as doenças sexualmente transmissíveis, estresse, exposição à poluição e a substâncias tóxicas e, principalmente, o tabagismo. Nos homens, além de todos esses fatores, o hábito de manter-se por longos períodos sentado contribui para a infertilidade.

Tabagismo e obesidade

Fumo e obesidade afetam significativamente a fertilidade de homens e mulheres. O especialista explica que o fumo diminui a quantidade e a qualidade dos gametas masculino e feminino e acentua a perda da capacidade reprodutiva, pois causa um envelhecimento precoce no organismo, "mas pode-se retomar a capacidade reprodutiva parando de fumar".

Em relação ao excesso de peso, ele explica que no homem ocorre um aumento da temperatura ao redor dos testículos, o que diminui a produção e a qualidade espermática, e na mulher leva a um desequilíbrio hormonal interferindo na ovulação.

De acordo com o Dr. Ricardo Beck, há exames que podem dar uma noção aproximada da capacidade reprodutiva do homem e da mulher. Ele afirma que os custos de um tratamento para engravidar estão cada vez mais acessíveis, mas variam de acordo com o casal, ou seja, a razão pela qual a gravidez não ocorre.

Postado por: Claudia Moraes

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