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Cardiopatia em crianças

Cardiopatia em crianças

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Muitas pessoas pensam que crianças não apresentam problemas no coração, mas infelizmente isso não é verdade. Algumas, inclusive, já nascem com as chamadas cardiopatias. Para ao chefe do setor de Cardiopediatria do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap) e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gesmar Volga Haddad Herdy, o ideal é que todas as gestantes possam fazer o exame que detecta o problema ainda no útero.

"A ecocardiografia fetal, que é transvaginal, garante o diagnóstico do problema. Infelizmente, o exame não está disponível em todos os hospitais públicos e é muito caro. Muitos convênios pagam por esse exame, mas nem todas as pessoas têm acesso. Pelo menos as mães com gestação de alto risco (como as diabéticas ou as que apresentam casos de cardiopatia na família) devem procurar fazer o exame", orienta.

A especialista conta que há casos muito graves, mas se descoberto ainda no útero é possível salvar a vida do bebê. "Muitas vezes a cirurgia deve ser feita horas depois do parto. Então, a criança já nasce num hospital com centro cirúrgico cardíaco ou é imediatamente encaminhada de ambulância assim que nasce. O ideal é que todas as gestantes façam, mas enquanto isso não é possível, que façam o exame pelo menos as de alto risco", frisa.

Muitas vezes, fatores externos influenciam no desenvolvimento da doença no feto, como se submeter a radiografia durante a gravidez, morar num lugar com muita poluição ambiental e algumas doenças infecciosas adquiridas pela mulher durante a gestação (rubéola, citomegalovirose, herpes, toxoplasmose, etc.).

A Drª Gesmar explica que as doenças mais comuns são os defeitos de séptico de comunicação interventricular ou interatrial, ou seja, quando uma válvula do coração que regula a saída e a entrada do sangue no coração não funciona perfeitamente.

"Já o tratamento depende da gravidade. A interventricular em geral não é muito grave, então se espera até mais ou menos um ano, um ano e meio, e, se a válvula não fechou espontaneamente, é recomendada a cirurgia. O que também pode ser feito é colocar um dispositivo, como se fosse um guarda-chuvinha fechado, que vai pela veia até o coração, chegando lá se abre e o orifício é fechado. A vantagem é que não é preciso abrir o tórax, e as desvantagens são o preço e a dificuldade de conseguir uma autorização para realizar o procedimento."

Doenças adquiridas

A médica chama a atenção para as doenças adquiridas, como a febre reumática, que em 70% dos casos leva a problemas cardíacos. Os sintomas são dores nas articulações após infecção de garganta. "A criança terá uma inflamação nas juntas, que pode atacar o coração. Nem sempre as dores nas juntas são significantes, mas é preciso cuidado, pois sua repercussão até o coração pode levar à morte", afirma.

As crianças muitas vezes não conseguem ir à escola porque os pés incham e podem apresentar febre. Havendo os sintomas, é necessário procurar um médico imediatamente, para ser tratada a tempo. "A válvula do coração da criança passa a não fechar direito, o coração começa a inchar porque a válvula deixa sangue transpassar. O tratamento é com penicilina, mas deve ser prescrito pelo pediatra e encaminhado ao cardiologista", finaliza.

Postado por: Claudia Moraes

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