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Casos de pedra no rim sobem 30% no verão

Casos de pedra no rim sobem 30% no verão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:03

O número de atendimentos a pessoas com pedra no rim cresce cerca de 30% em São Paulo durante o verão. É o que aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados do Centro de Referência em Saúde do Homem, ligado ao Hospital de Transplantes do Estado, na capital paulista.

Esse aumento ocorre porque, com as temperaturas mais altas, é comum as pessoas transpirarem mais, mas não aumentarem a quantidade de água ingerida. Com mais perda de líquidos, aumenta a concentração de sais que formam os cristais nos rins.

O médico urologista Fábio Vicentini, do órgão paulista, explica que 12% da população apresenta cálculo renal. Deste total, em 80% dos casos as pedras são expelidas naturalmente, mas os 20% restantes apresentam dores mais fortes e outros problemas, como as infecções.

- No verão o número de atendimentos de pacientes com problemas renais é muito mais elevado do que no restante do ano, pois a desidratação é o fator mais agravante para a formação de pedras nos rins.

Se não forem tratadas, as pedras nos rins podem obstruir o sistema urinário, criando a necessidade de intervenção cirúrgica.

De acordo com o urologista Celso Dantas, do Hospital Badim, no Rio de Janeiro, a doença é mais comum em países tropicais em virtude da desidratação.

- Cerca de 70% dos cálculos contém em sua composição a predominância de oxalato de cálcio. As causas podem ser o aumento da excreção urinária de cálcio ou de ácido úrico.

Mesmo quem já teve o problema alguma vez não está livre enfrentá-lo novamente, diz Dantas.

- A recorrência dos cálculos pode ocorrer em 50% dos casos dentro de cinco anos e atinge até 20% da população.

Prevenção

Para se proteger desse problema, a equipe de urologia do Centro de Referência em Saúde do Homem de SP recomenda beber mais água (ingerindo em torno de 3 litros por dia) e evitar segurar por muito tempo a urina (indo mais vezes ao banheiro).

Além disso, é importante que as pessoas façam refeições mais leves, saudáveis e não exagerem no consumo de sal, carne vermelha e alimentos industrializados, como pizzas, enlatados e conservas.

O tabagismo também aumenta a chance de desenvolvimento dos cálculos. Exercitar-se também ajuda – a recomendação é de que as atividades sejam feitas ao menos três vezes na semana.

Segundo Vicentini, "se a população tomar estes pequenos cuidados com a alimentação, não há com o que se preocupar".

Dantas sugere ainda a restrição de sal, refrigerante e carne vermelha nessa época.

- É necessário fazer exames de rotina para detectar as dosagens de cálcio, fósforo, ácido úrico, cistina e fosfatase alcalina no sangue ou na urina, além de evitar o consumo de alimentos que contenham esses minerais.

É importante ainda incluir na dieta legumes e frutas ricas em água, como a melancia, além de sucos cítricos, como laranja e limão, que contribuem para o bom funcionamento dos rins.

Os especialistas alertam também que existem alguns mitos quando se trata dos cálculos renais. Um deles é a ingestão de chás, como o de "quebra pedra", compostos caseiros contendo ervas e sementes ou azeite. Esses produtos podem até causar outros problemas de saúde.

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