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Saúde

Células tronco sem embriões: possibilidade ética

Células tronco sem embriões: possibilidade ética

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Pesquisas científicas sobre as células iPS demonstram que não é preciso destruir embriões pela evolução da ciência.

O Brasil é o quinto país do mundo a desenvolver as chamadas células iPS (células-tronco pluripotentes induzidas). Elas são capazes de se transformar em qualquer tipo de célula, pois são semelhantes às células-tronco embrionárias, porém, não necessitam de embriões para serem obtidas. São produzidas a partir de células adultas diferenciadas, como, por exemplo, da pele.

A notícia foi divulgada pelo Ministério da Saúde, que financia parte da pesquisa coordenada pelo neurocientista Stevens Rehen, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e pelo biomédico Martin Bonamino, do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O Hemocentro da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), também divulgou o mesmo feito, com pequenas diferenças técnicas entre um estudo e outro, mas com a mesma conclusão: as células iPS têm a mesma potência das células-tronco embrionárias, com a diferença de não precisar destruir embriões - as células foram obtidas do rim e da pele, respectivamente.

Segundo a Dra. Alice Teixeira, pesquisadora da Universidade Federal do Estado de São Paulo (Unifesp), a promessa de sucesso no uso de células induzidas já foi anunciada em agosto de 2006, quando o cientista japonês Dr. Shynia Yamanaka publicou seu estudo de reprogramação celular na revista Cell 126, 663-676.

"Tive a oportunidade de demonstrar essa grande descoberta em audiência pública ocorrida no STF, em abril 2007, quando foi discutida a liberação de embriões para pesquisa. Apesar da desconfiança de parte dos cientistas presentes, o tempo mostrou que esse é o caminho mais seguro para avançar nessa área, com a vantagem de ser totalmente ético", explica Alice.

Doenças como Parkinson, esquizofrenia, cardiopatias e doenças genéticas como distrofia muscular, são algumas das que poderão ser tratadas pela nova técnica, solucionando o conflito ético que se impôs em tais pesquisas, que propunham a destruição e utilização das células de embriões humanos para o tratamento dessas doenças.

* Imagem ilustrativa.

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