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Saúde

Circunferência do pescoço revela estado nutricional do paciente

Circunferência do pescoço revela estado nutricional do paciente

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

A condição clínica do paciente internado muitas vezes não permite a utilização de equipamentos ou mobilização adequada para que a equipe médica avalie seu estado nutricional, que é de extrema importância no período de recuperação.

Um estudo realizado na cidade de São Paulo, com 344 pacientes, avaliou a circunferência do pescoço como um novo marcador para avaliar o estado nutricional do paciente. O estudo foi apresentado na última semana no Congresso Americano de Obesidade e no mês passado no Congresso Europeu Nutrição Clínica, realizado na Suécia. “O estudo foi muito bem aceito nos dois congressos internacionais, pois é uma forma prática e eficiente de avaliar a condição nutricional do paciente internado, independente da gravidade da patologia que está sendo tratada”, diz a autora do estudo, a médica nutróloga Dra. Andréa Pereira.

O estudo será apresentado no Brasil durante o Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral, que será realizado entre os dias 6 e 9 de novembro, em Curitiba.              

Dos pacientes avaliados, 51,7% eram homens e 48,3% mulheres, com idade média de 54,3 anos. A medida do pescoço de todos participantes foi realizada por um único avaliador. As medidas de altura e peso dos pacientes também foram colhidas para o cálculo do índice de massa corpórea (IMC).              

A média de circunferência do pescoço(CP) foi de 37,8cm e a média do IMC de 26,5kg/m². O estudo revelou que a circunferência do pescoço em relação aos grupos avaliados foi:

Gênero

IMC(kg/m²)

CP(cm)

Gênero

IMC(kg/m²)

NC(cm)

FEM

31,5

MASC

34,9

20-24,9

33,6

20-24,9

37,5

25-29,9

35,7

25-29,9

39,8

>30

39,2

>30

43,3

De acordo com o estudo Nutridia, realizado em 2009 pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, com 842 pacientes, 72% não se alimentavam corretamente no hospital, sendo que 60,3% apresentavam risco nutricional, ou seja, já estavam desnutridos ou estavam no grupo de risco de desenvolver a desnutrição hospitalar. “Essa simples avaliação previne o risco do paciente desenvolver desnutrição hospitalar, que é muito recorrente e um dos principais fatores do aumento no tempo de internação, complicações e risco de mortalidade”, destaca Dra. Andréa.

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