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Coça, coça cabecinha: é piolho a vista

Coça, coça cabecinha: é piolho a vista

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Coçar a cabeça é um ato comum que pode ser indício de pediculose, mais conhecida como piolho. Uma doença provocada pela infestação do inseto de nome científico Pediculus humanus capitis e que se alimenta do sangue do couro cabeludo e provoca uma coceira intensa.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o piolho aparece em cabelos higienizados e saudáveis de crianças ou adultos, independente da classe social. "Este inseto gosta de cabeça limpa, portanto, quem lava os fios diariamente também corre o risco de ser afetado pelo problema", afirma o consultor técnico da Condor, Gennaro Preite.

O piolho é um inseto que não tem asas e nem pernas adaptadas para o salto. A transmissão acontece pelo vento, já que o animal é leve e carregado pela corrente de ar. Outra forma de contagio é o contato direto - abraços e convivência em ambientes pequenos - por este motivo, ocorre à alta incidência em crianças em idade escolar, já que brincam juntos e compartilham os mesmos objetos, como escovas para cabelos.

"Com base no Departamento de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), de 30 a 40% das crianças brasileiras estão infestadas com o inseto", afirma Gennaro.

O piolho se alimenta de sangue humano e vive entre 30 a 45 dias. Dependendo da espécie, a fêmea pode colocar até 300 ovos durante sua vida que são as famosas lêndeas.

Existem três variações de pediculoses:

1. Pediculose do Couro Cabeludo: provocada pela presença do "Pediculus humanus capitis" e lêndeas presas nos fios de cabelo. Atinge preferencialmente crianças em fase escolar;

2. Pediculose do Corpo: tem como causador o "Pediculus humanus corporis" (conhecido como muquirana) e lêndeas que são depositadas nos pêlos e roupas dos indivíduos;

3. Pediculose Pubiana: causado pelo "Phthirus púbis" (vulgarmente chamado de chato) e lêndeas que se instalam nos pêlos pubianos.

Para o tipo mais comum da doença, a capilar, o mais indicado é utilizar a "receita da vovó": o velho e bom pente fino. Higienizar os fios com o shampoo de costume ou os indicados para o problema, vendidos em farmácias, e passar, durante o banho e várias vezes ao dia, o pente nos cabelos.

Vale ressaltar que o uso do medicamento só é recomendado com a prescrição médica. Utilizar, também, de panos úmidos com inseticidas é terminantemente proibido. Muito comum no passado, principalmente no interior do Brasil, esta forma de acabar com o problema é extremamente prejudicial à saúde de quem o aplica ou recebe.

Esse produto nada mais é que veneno e não faz nenhum efeito sobre a lêndea, porém pode provocar lesões no couro cabeludo. Vale ressaltar que o inseticida não é recomendado nem em animais, apenas com o objetivo de eliminar e/ou espantar mosquitos, baratas e ratos.

Dicas: quando a criança tem algum destes sinais, é piolho à vista!

- Feridas na cabeça decorrentes do ato de coçar;

- Piolho ou lêndeas nas sobrancelhas e nos cílios;

- Marcas vermelhas de picadas;

- Gânglios inchados no pescoço (íngua).

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