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Saúde

Combinação de medicamentos trata câncer de mama sem queda de cabelo, diz estudo

Combinação de medicamentos trata câncer de mama sem queda de cabelo, diz estudo

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

A combinação de dois medicamentos usados em quimioterapia (capecitabina e vinorebina) com trastuzumabe pode ser uma nova opção para o tratamento do câncer de mama, sem causar a perda de cabelos nas pacientes, segundo estudo apresentado em maio no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

"Esse é um regime terapêutico muito bem tolerado pela paciente. A combinação é um bom exemplo de um excelente equilíbrio: boa atividade e baixa toxidez", disse a pesquisadora líder do estudo, a médica Edith Perez, diretora do Centro de Câncer de Mama da Clínica Mayo, nos EUA.

Das 45 pacientes participantes do estudo - todas com câncer de mama HER2 positivo metastático -, 67% responderam bem ao tratamento, conseguindo uma redução do tamanho de seus tumores em pelo menos 30%. Segundo os autores, a resposta histórica ao tratamento com medicamentos convencionais, por sua vez, é de cerca de 50% - menor do que a da nova opção testada.

Os resultados indicaram que as taxas de sobrevida melhoraram, em comparação histórica a tratamentos convencionais. "Normalmente, a sobrevida no caso de câncer de mama metastático é de dois anos", disse o oncologista Winston Tan, da Clínica Mayo. "Nesse estudo, o período de sobrevida foi de 27 meses", completou. E "a toxidez foi tolerável".

Para o especialista, "o regime triplo parece ser uma escolha bastante razoável, que oferece a vantagem adicional de não provocar a queda de cabelos nas mulheres que o adotarem". Segundo o médico, a combinação de drogas usadas mais comumente por pacientes com esse tipo câncer de mama - paclitaxel ou docetaxel com trastuzumabe - sempre causa perda de cabelo.

De acordo com a Clínica Mayo, todos os agentes já foram aprovados para uso pela FDA (órgão que controla a comercialização de alimentos e medicamentos nos EUA), embora a vinorelbina ainda não tenha sido aprovada para esse regime específico de tratamento nos EUA. E a quimioterapia com capecitabina normalmente não é combinada com o trastuzumabe, porque alguns estudos sugerem que não oferece benefícios sinérgicos ou suplementares. Por isso, os resultados devem ser confirmados na Fase III do estudo.

O pesquisador enfatizou que esse regime não é um tratamento curativo, mas proporciona às pacientes uma melhor qualidade de vida, em comparação com outros regimes comumente usados. "É muito difícil tratar o câncer de mama que já se espalhou, mas acreditamos que fazer a combinação de tratamentos é importante, para que os tumores que estão crescendo rapidamente encolham".

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