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Saúde

Compulsão por bronzeamento pode causar câncer de pele e até catarata

Compulsão por bronzeamento pode causar câncer de pele e até catarata

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:24

Por mais que o indivíduo esteja bronzeado, ele se enxerga no espelho com uma cor de pele mais clara, sem o tom moreno do bronzeamento. Pessoas com essa visão distorcida do próprio corpo são portadoras de um distúrbio chamado tanorexia.

A tanorexia afeta principalmente mulheres jovens, entre 20 e 30 anos de idade, que buscam atingir um tom de pele ideal, seja por meios naturais (exposição ao Sol), ou artificiais (bronzeamento artificial ou loções auto-bronzeadoras).

Mas, apesar desses esforços frequentes, esta cor ideal nunca é conquistada, segundo o psiquiatra Alexandre Pinto de Azevedo, do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo).

- Para o indivíduo tanoréxico, estar bronzeado o torna mais aceitável, interessante, atraente e todas as qualidades que talvez ele não enxergue em si. Seria como um reforço externo à baixa autoestima que possui

Riscos

A dermatologista Simone Karst afirma que a partir da década de 30 começou uma mudança de hábitos e conceitos de beleza, com idealização do corpo bronzeado. Ela mesma reconhece que foi vítima, durante a adolescência, da valorização do bronzeamento.

No entanto, a partir da década de 90, ficaram comprovados cientificamente os efeitos cumulativos da radiação solar na pele.

De acordo com Simone, que trabalha na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, essa exposição excessiva pode causar câncer de pele; envelhecimento da pele; manchas (claras, escuras e de coloração amarelada); melasma (que são manchas no rosto causadas pelo sol); e até catarata.

- O risco para a pele é péssimo por causa da exposição contínua, e a exposição solar intermitente com queimaduras também predispõe aos câncer de pele.

Tratamento

Como forma de tratamento, Azevedo afirma que, por se tratar de apenas um possível transtorno psiquiátrico (do comportamento) e de investigação recente, não há tratamento sistematizado para a tanorexia.

 - Contudo, considerando a possível distorção de percepção da tonalidade corporal, é necessário psicoterapia, com uso ou não de medicamentos.

O psiquiatra alerta ainda para que familiares e amigos fiquem atentos ao exagero do comportamento em se bronzear e a preocupação exagerada e verificar constantemente o tom da pele.

- Eles podem alertar o indivíduo sobre seus comportamentos e talvez conduzi-lo à avaliação médica.

Por: Diego Junqueira

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