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Saúde

Conheça a doença das mãos azuladas

Conheça a doença das mãos azuladas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:29

 Quem tem a doença pode manifestá-la no simples ato de lavar as mãos com água fria, por exemplo, ou ao permanecer em um ambiente com ar-condicionado.

Normalmente, a exposição ao frio diminui a circulação sanguínea nas extremidades do corpo, a fim de preservar a temperatura no centro, onde estão os principais órgãos. A Síndrome de Raynaud é uma resposta lenta a esse mecanismo que garante a temperatura estável do corpo o tempo todo. As extremidades ficam brancas, quase sem cor, geladas e pode haver dor, resultado da precária circulação na região.

“Parece pé ou mão de defunto”, descreve Maria Fernanda. Em seguida, o local fica roxo.

“A falta de oxigênio suficiente provoca uma dilatação brutal dos vasos. O organismo, no entanto, não consegue retornar todo aquele sangue de uma única vez, por isso a região fica azulada”, explica o cirurgião vascular Eduardo Toledo de Aguiar, diretor da clínica Spa Vascular, em São Paulo.

Com a normalização da circulação, a região fica vermelha até voltar ao aspecto natural. A alteração pode durar horas ou minutos, dependendo do tamanho da região atingida e da intensidade do frio.

Além da mudança na coloração, há redução da sensibilidade na região afetada, formigamento, dor e adormecimento. De acordo com as estimativas mundiais, o problema atinge cerca de 5% da população e é mais comum em mulheres entre os 20 e 40 anos.

Desencadeantes

Além da baixa temperatura, o estresse pode ser um gatilho para o problema, já que leva a uma resposta semelhante à exposição ao frio. Mas outros fatores também podem provocar essa manifestação, como a utilização de anticoncepcionais orais ou remédios contra a pressão alta, a exposição a solventes químicos ou ainda o cigarro.

“Além dessas associações, essa condição pode estar ligada a doenças reumáticas, como a artrite reumatoide, ou autoimunes, como o lúpus”, alerta a reumatologista Evelin Goldenberg, diretora da clínica que leva o seu nome, na capital paulista.

 “É extremamente importante avaliar os medicamentos em uso e primordial diagnosticar se há alguma doença maior em que a constrição dos vasos seja apenas uma manifestação”, completa. Em casos relacionados a outras doenças, ela é chamada de Fenômeno de Raynaud e pode desaparecer assim que o problema principal for tratado.

Tratamento

Apesar de não ter cura, é possível controlá-la e contorná-la. Em casos graves, os médicos costumam prescrever vasodilatadores, que ajudam a evitar as crises. Para Maria Fernanda Leite, duas meias são insuficientes para proteger os pés. A fim de evitar que a doença se manifeste ela tenta não se expor ao frio intenso e encontrou na água quente uma ótima aliada.

“Quando posso, coloco os pés em água corrente bem quente por uns 5 ou 10 minutos. Aos poucos, a sensibilidade vai melhorando e o aspecto do pé também”, ensina. A atividade física e massagens, embora demorem mais, também são eficientes. “O exercício ajuda, mas leva mais tempo para a circulação voltar.”

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