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Saúde

Coronavírus: Infectologista ensina como se prevenir

Com dois casos confirmados da doença e o aumento do índice de letalidade, o especialista fala sobre higiene e uso de máscaras.

Fonte: GuiameAtualizado: quarta-feira, 4 de março de 2020 às 17:30
Vendedora mostra máscara de proteção, em Guarulhos (SP), usada diante da epidemia do novo coronavírus pelo mundo. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
Vendedora mostra máscara de proteção, em Guarulhos (SP), usada diante da epidemia do novo coronavírus pelo mundo. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

No Brasil, o número de casos suspeitos do novo coronavírus passou para 488. Enquanto isso, há dois casos confirmados em São Paulo de pessoas que contraíram na Itália e estão em isolamento domiciliar.

Segundo o infectologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Jorge Garcia, ficar alerta e ter cuidados básicos com a higiene são as melhores medidas de prevenção que as pessoas devem seguir no momento.

O coronavírus é contagioso e pode ser transmitido por meio de gotículas expelidas durante a tosse ou espirro, assim como a gripe. Os sintomas até o momento, além desses, são febre e falta de ar. O especialista reforça que pacientes com estes sintomas, devem procurar imediatamente por atendimento médico.

Muitos se perguntam o que fazer para se prevenir corretamente, agora que o vírus chegou ao Brasil. As medidas indicadas são básicas e muito simples como explica o infectologista, Dr. Jorge Garcia. “É preciso lavar as mãos frequentemente com água e sabonete, por pelo menos 20 segundos. Se por algum motivo não tiver disponível, deve-se usar um desinfetante para as mãos à base de álcool”, explica.

Oito passos de como lavar as mãos corretamente segundo o especialista:

1. Comece a lavagem com movimentos circulares dos dedos de uma mão na palma da outra.

2. Entrelace as duas mãos para higienizar o dorso delas e, principalmente, a região entre os dedos.

3. Repita o processo de dedos cruzados — agora com as palmas juntas.

4. Para assear as unhas, deixe as mãos em forma de concha e faça movimentos verticais uma na outra, juntando-as em sentido oposto.

5. Com a mão ainda em forma de concha, fechada, desenhe círculos na palma.

6. Use água corrente para tirar o sabão (e as bactérias) de sua pele.

7. Se possível, feche a torneira com um papel ou uma toalha para não se sujar de novo.

8. Por fim, seque bem as mãos com uma toalha limpa ou um pedaço de papel.

Outras medidas preventivas importantes:

- Seguir a etiqueta respiratória: cobrir a boca e nariz com um lenço de papel quando tossir ou espirrar e descartar o lenço usado no lixo. Caso não tenha disponível lenço descartável, tossir ou espirrar no antebraço e não em suas mãos, que são importantes meios de contaminação.

- Higienizar as mãos com frequência e sempre após tossir ou espirrar;

- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;

- Usar máscara cirúrgica se estiver com febre ou tosse e procurar atendimento médico. 

- Evitar contato próximo com pessoas doentes.

- Ficar em casa quando estiver doente.

- Evitar aglomerações. 

- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

- Se tiver sintomas evitar de ir à escola ou ao trabalho 

“O uso de máscara é recomendado para pessoas que estiveram com sintomas respiratórios, como tosse ou espirro, para proteger os demais. Se a pessoa não tiver nenhum sintoma, não há necessidade de usá-la”, explica o infectologista.

Quem deve usar máscara, considerando casos suspeitos ou confirmados, são: todos os profissionais de saúde que prestam assistência direta ao paciente e profissionais designados para a triagem dos casos; toda a equipe de suporte, que tenha contato a uma distância menor que um metro dos pacientes suspeitos ou confirmados, incluindo pessoal de limpeza, nutrição e responsáveis pela retirada de roupas sujas da unidade de isolamento, porém, recomenda-se que o mínimo de pessoas entre no quarto do paciente; todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação de amostras de pacientes; familiares e visitantes que tenham contato com os pacientes, porém recomenda-se restringir o número de familiares e visitante e, profissionais de saúde que executam o procedimento de verificação de óbito.

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