Dia mundial de luta contra a tuberculose

Na última terça-feira, dia 24, Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose, todo o planeta se mobilizou contra a doença, também conhecida como peste branca. Enquanto os municípios capixabas realizam suas próprias campanhas educacionais, números do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) indicam o controle da enfermidade no Espírito Santo.

Segundo a coordenadora do Programa, Ana Paula Rodrigues Costa, há seis anos no Estado, a quantidade de novos casos notificados de tuberculose (TB) permanece equilibrada. Aproximadamente 1.350 pessoas adoecem a cada ano. "Isso mostra que as ações preconizadas pelo Programa Nacional de Tuberculose e executadas pelos municípios vêm trazendo resultados satisfatórios. Estamos traçando metas e realizando ações para efetivarmos o controle da doença no Estado", afirmou.

Embora o número possa parecer alto, a incidência da doença entre os capixabas (que é de 39 casos para cada 100 mil habitantes), é exatamente a mesma registrada no Brasil: 80 mil notificações anualmente. No Espírito Santo, os municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari e São Mateus concentram 70% dos casos.

A doença

A tuberculose é uma infecção pulmonar causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch, em homenagem ao médico patologista e bacteriologista Robert Koch, que descobriu a bactéria, em 1882.

Apesar de ter cura, a tuberculose é uma doença que pode levar à morte, sendo que uma das principais causas é o abandono do tratamento. Quando o paciente deixa de se tratar, ele passa a ficar resistente ao medicamento e desenvolve a chamada multidroga resistência.

O óbito pela doença também pode ser causado pelo diagnóstico tardio e pela chamada recidiva. Isso ocorre quando o tratamento é feito de forma inadequada e, antes de cinco anos, ele volta a apresentar a doença.

De acordo com Ana Paula, este ainda é um problema a ser resolvido. No Estado, estima-se que 7% dos pacientes notificados abandonam o tratamento antes do seu término. O Ministério da Saúde (MS) preconiza 5% de abandono. "É importante ressaltar que o tratamento da tuberculose é gratuito e tem que ser feito durante seis meses de forma ininterrupta. Com o desaparecimento dos sintomas, o paciente acha que está curado, mas não está", alerta a coordenadora.

Pessoas que apresentam os sintomas da doença devem procurar a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa para realizar o exame conhecido como Baciloscopia de Escarro, cujo resultado fica pronto no mesmo dia. O tratamento é realizado na própria unidade, que distribui gratuitamente os medicamentos e faz todo o acompanhamento do paciente. Além disso, todos os exames com resultado positivo e 10% dos resultados negativos são enviados mensalmente para o Laboratório Central da Sesa (Lacen) para controle de qualidade.

Os sintomas da tuberculose são: tosse - com ou sem escarro - por mais de três semanas; perda de apetite; emagrecimento; cansaço fácil; dor no peito e nas costas; e febre baixa, geralmente à tarde.

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O tratamento é feito por meio de medicação. É de graça, tem duração de seis meses e é realizado em unidades básicas de saúde. O paciente deve comparecer regularmente ao médico, tomar os remédios na hora certa e não interromper o tratamento.