Os resultados da contribuição das vitaminas do complexo B, como o folato - presente em alimentos como espinafre, feijão-branco, laranja, aspargo, maçã e soja - e B6 - facilmente encontrada em arroz integral, aveia, batata, leite, leguminosas e vegetais verdes, entre diversos outros alimentos - já eram indicados por diversos estudos europeus e americanos. Agora, uma nova pesquisa, feita por Hiroyasu Iso, da Universidade de Osaka, e publicado no periódico Stroke Journal of the American Heart Association, confirmou os dados observados em outras populações.
O estudo de Iso acompanhou mais de 58 mil pessoas com idades entre 40 e 79 anos, que participaram de uma pesquisa longitudinal - ampla e de longa duração - feita durante 14 anos. Comparando o consumo diário de alimentos com vitaminas do complexo B desses indivíduos, os pesquisadores indicaram que pessoas com maiores níveis de folato e vitaminas B6 tinham menores chances de morte por acidentes vasculares cerebrais (AVC) - o popular "derrame" - além de menores índices de doenças do coração e problemas cardiovasculares em geral.
Homocisteína: tão ruim quanto o colesterol
De acordo com a equipe de Iso, ambas as vitaminas protegem o organismo das doenças coronarianas, baixando o nível de homocisteína, um aminoácido produzido após a digestão de carnes ou laticínios e que, em excesso no sangue, provoca aumento do risco de coágulos e entupimento das artérias.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita por Délio Braz Junior, pesquisador no Instituto do Coração (InCor) da Universidade de São Paulo (USP), chegou a indicar que o alto nível de homocisteína é tão perigoso que pode levar ao enfarte até mesmo pessoas com níveis normais de colesterol principal indicador de problemas coronarianos.
Os efeitos protetores das vitaminas do tipo B continuaram válidos mesmo após os pesquisadores ajustarem os resultados incluindo a presença anterior de risco cardiovascular nos indivíduos acompanhados e independiam da fonte das vitaminas, ou seja, mesmo pessoas que tomavam em forma de suplemento, normalmente sintético, se beneficiavam da diminuição dos riscos.
Postado por: Felipe Pinheiro
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