Ao contrário do que havia anunciado, o governo federal reduziu a distribuição de camisinhas no País. Em 2010, o total enviado a Estados e municípios foi 30% menor que em 2009. O uso do preservativo é considerado essencial para evitar a infecção pelo HIV, o vírus causador da aids.
A mudança ocorreu menos de um ano depois de uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Saúde identificar a queda do uso do preservativo e de a pasta avaliar que a melhor estratégia para combater o problema seria facilitar o acesso. Em 2009, o governo distribuiu 465,2 milhões de camisinhas - número recorde. No ano seguinte, com queda de 30%, foram distribuídos 327 milhões de preservativos, total inferior inclusive a 2008 (406,5 milhões).
?Diante de um cenário de queda de uso de camisinhas, o esperado seria um reforço na distribuição. Algo que, por alguma razão, não se identifica nos balanços realizados?, constata o pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Grangeiro.
A mudança na grade de distribuição é vista com naturalidade pelo governo. ?Não houve redução da demanda nem comprometimento das ações de prevenção?, afirmou, por e-mail, o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. Em vez de queda na grade de distribuição, ele afirma ter havido um ?realinhamento? das capacidades de estoques dos Estados e municípios.
De acordo com o departamento, em 2009 os Estados teriam encomendado uma quantia excessiva do produto. Como houve sobra na maior parte das localidades, a solução foi fazer um ajuste, encaminhando em 2010 apenas o que seria preciso para complementar a necessidades locais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
AE
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