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Dobra o número de mulheres internadas por dependência de cocaína

Dobra o número de mulheres internadas por dependência de cocaína

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:30

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de mulheres internadas devido ao consumo de cocaína cresceu 91% no Estado de São Paulo. A pesquisa, feita com base nos três últimos anos, levou em conta o número de internações em toda a rede de atendimento ligada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2006, foram internadas por uso de cocaína 365 mulheres. Em 2007, esse número subiu para 589 internações. Em 2008, houve um novo salto, passando para 696 mulheres internadas.  Em todos os anos, a média de idade das mulheres internadas foi de 29 anos.

"Os números revelam dois dados importantes: as mulheres estão mais atentas ao problema e procurando ajuda, mas estão sofrendo com o vício ainda muito jovens o que compromete, em muito, sua capacidade de trabalho num momento em que elas estão ainda em início da carreira profissional", afirma Luizemir Lago, diretora do Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas).

O consumo de cocaína provoca graves danos à saúde do usuário, como lesões nasais graves, derrame e infarto, perda de peso, alterações hormonais e depressão, entre outros.

Tratamento gratuito

A Secretaria de Estado da Saúde inaugurou em 2009 duas clínicas voltadas para o tratamento de dependentes químicos. Desde o início do ano, está em funcionamento em São Paulo a primeira clínica pública de internação para adolescentes dependentes de álcool e drogas. Sediada em Cotia, na Grande São Paulo, a unidade é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Hospital Samaritano.

O Projeto Jovem Samaritano, como é chamado, oferece 30 leitos de internação e tem capacidade de atender anualmente cerca de 120 adolescentes entre 14 e 18 anos de idade. A unidade conta com uma ampla sala de convivência para os adolescentes, sala de aula com computadores, quadra poliesportiva, horta para aulas de jardinagem, refeitório e ambulatório.

Em março, foi a vez dos adultos ganharem um espaço de recuperação público, também inédito no país. A unidade funciona em São Bernardo do Campo, por meio de convênio da pasta com a Sociedade Assistencial Bandeirantes.

São 30 leitos, com período máximo de internação estipulado em um mês. A Secretaria irá repassar à unidade cerca de R$ 3 mil por paciente/mês. O projeto de atendimento foi desenvolvido pelo médico Ronaldo Laranjeira, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, que também ficará responsável pelo trabalho de orientação técnica e terapêutica da clínica.

O objetivo da clínica é oferecer um modelo voltado à desintoxicação, mas fora do ambiente de enfermaria hospitalar para o qual essas pessoas costumam ser encaminhadas. Cabe aos municípios realizar a triagem desses pacientes, verificando a necessidade de internação.

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