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Saúde

Doenças cardíacas também atingem crianças

Doenças cardíacas também atingem crianças

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Como os pais podem identificar possível problema no coração dos pequenos

Neste mês, uma adolescente de 13 anos morreu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, após passar mal durante aula de educação física, fato que levantou a questão: quando é necessário levar uma criança para fazer check-up do coração? Como os pais podem identificar um possível problema cardíaco em seu filho?

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) estima que, de cada mil crianças, cerca de oito nascem com doenças no coração. Há dois tipos de enfermidades cardíacas: as congênitas e as adquiridas. O primeiro grupo surge durante a gestação e o segundo está relacionado a fatores externos, podendo estar ligado a rotinas sedentárias e hábitos alimentares. Alguns exemplos de doenças cardíacas adquiridas são febre reumática, dislipidemias e aterosclerose.

De acordo com a chefe de serviço de cardiopatias congênitas e cardiologia pediátrica do Hospital do Coração em São Paulo (HCor), Ieda Jatene, é aconselhável fazer um check-up em crianças a partir dos 12 anos para a prática de atividade física.

"Primeiramente, a criança deve ir frequentemente ao pediatra, que, normalmente, orienta a procurar um cardiopediatra, havendo necessidade. De uma forma geral, é bom que os pequenos façam check-up já aos 12 anos. Se houver algum incidente familiar, alguma história de colesterol, os exames devem ser feitos a partir dos dois anos", orienta.

Os pais devem ficar alerta aos sinais de que o filho possa ter problemas cardíacos. As doenças congênitas costumam se manifestar com cansaços a pequenos esforços, infecções respiratórias de repetição (resfriados, pneumonia...), dificuldade em ganhar peso e de se desenvolver de uma forma geral e lábios e extremidades arroxeadas parados e acentuados, quando se faz uma atividade física.

Bebê prematuro

A maioria dos bebês prematuros apresenta um defeito no coração chamado persistência do canal arterial (conexão entre a aorta - a grande artéria que conduz o sangue oxigenado para o corpo - e a artéria pulmonar - a artéria que conduz o sangue pobre em oxigênio para os pulmões), mas nem sempre significa um grande problema.

"Em muitos casos, a conexão se fecha espontaneamente em alguns dias. Mas, se não fechar, é necessário tratamento com medicação ou até fazer um procedimento cirúrgico para resolver. Não necessariamente o bebê leva a doença para a infância e a adolescência", informa a médica.

A Drª Ieda afirma que, para diminuir os riscos de problemas cardíacos adquiridos, é necessário que desde cedo haja preocupação com a qualidade de vida dos pequenos. "É importante controlar a alimentação, evitando alimentos gordurosos e muito calóricos, como os fast-foods e salgadinhos, estimular as atividades físicas adequadas para a idade deles, e orientar - de acordo com o desenvolvimento e a compreensão do assunto por parte dos filhos - sobre a importância de uma vida saudável longe das drogas, tanto as ilícitas quanto as lícitas", finaliza.

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