A maioria dos pacientes é formada por homens casados ou com parceira fixa, declara o médico Evandro Cunha, do Hospital Urológico de Brasília. Usualmente, eles levam cerca de quatro anos após os primeiros sintomas para procurar um especialista, diz.
Os homens em geral demoram a procurar ajuda por várias razões. Alguns acham que a ejaculação rápida é sinal de virilidade, outros têm vergonha e existem aqueles que desconhecem como poderia ser de outra forma, pois não costumam conversar sobre isso com os amigos, até por receio de serem motivo de brincadeiras. E há também os que culpam a parceira ou o estresse momentâneo, pontua Liliana Seger, doutora em psicologia clínica e especializada em sexualidade. Muitos homens procuram ajuda somente quando a parceira indica uma insatisfação, diz Liliana.
Categorias
Sem possibilidade de prevenção, essa alteração sexual que afeta de maneira drástica a vida sexual e consequentemente a autoestima do homem divide-se em duas categorias: a de origem primária, que pode ocorrer desde a primeira relação sexual na adolescência e é característica do indivíduo, porém passível de tratamento; e a de origem secundária, que é uma disfunção que pode ocorrer após o início de uma vida sexual normal e que surge por algum motivo (trauma e estresse, por exemplo).
A secundária ainda pode ser dividida em outras duas formas: secundária situacional, ou seja, em algumas situações o indivíduo tem, em outras não às vezes com uma parceira e não com outra, por exemplo e a absoluta, que pode durar um longo período ou enquanto o problema físico ou emocional não for tratado.
Controle da ansiedade
Evandro Cunha esclarece que quadros de ansiedade e depressão também podem estar ligados à EP tanto de origem primária quanto secundária: Caso o quadro se torne crônico, é essencial acompanhamento médico. O tratamento em geral consiste na psicoterapia, podendo, de acordo com a resposta do paciente, ser complementada por medicamentos.
Além disso, os tratamentos para EP incluem técnicas de terapia sexual de curta duração em média 12 a 15 sessões e exercícios para aprender a controlar a ejaculação e avaliar os aspectos geradores de ansiedade que estão presente nesses pacientes, pontua Liliana, que lembra também que o problema não é complexo e nem excepcional.
Homens que sofrem de EP não precisam ficar ainda mais ansiosos com esse tipo de diagnóstico: é algo que pode ocorrer com qualquer um, em qualquer momento da vida, tem tratamento e muitas vezes esse tratamento é rápido, explica Liliana.
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