MENU

Saúde

Embolização no combate a miomas

Embolização no combate a miomas

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Tratamento é conservador e tem recuperação rápida

Mioma é um tumor benigno de alta incidência localizado no útero. Há diversos tratamentos para se livrar do problema. Os médicos afirmam que, às vezes, é preciso operar, mas em outros casos não é necessária esse tipo de intervenção. Um dos tratamentos utilizados é a embolização.

"Já se tentava a embolização contra o câncer. O tratamento se baseia em entupir a veia que alimenta o tumor. Como se fosse um cateterismo cardíaco: é preciso dessecar uma veia da perna, inserir o cateter e o contraste. Chegando ao local, joga-se um êmbolo para entupir a veia que ‘alimenta’ o mioma e, com isso, ele regride", explica Renato Ferrari, ginecologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ.

O médico explica que esse tratamento é conservador. "O útero permanece, podendo a mulher engravidar, se assim desejar. Mesmo as cirurgias de miomectomia, quando se retira apenas o tumor, pode levar à aderência (tecido cicatricial que se desenvolve internamente no local da cirurgia e pode fazer com que os órgãos internos fiquem ligados uns aos outros, podendo causar dor pélvica e infertilidade), além de ser mais evasiva e havendo a possibilidade de provocar perda sanguínea", afirma.

Uma outra vantagem da embolização é a recuperação rápida. "Há miomas que podem ser retirados por videolaparoscopia, que funciona verificando a presença deles dentro do útero e arrancando-os. A recuperação também é rápida. De um modo geral, a embolização é mais rápida do que alguns procedimentos cirúrgico", esclarece.

De acordo com o Dr. Ferrari, os miomas grandes não respondem positivamente à embolização. "Há diversos tratamentos para diversas possibilidades de localização, tamanho e interesse da paciente. Há miomas que ficam dentro, na parede ou para fora do útero. A mulher pode apresentar sintomas ou não. Quando há, é possível haver sangramento, dor e compressão. É importante lembrar que os miomas muito pequenos não precisam ser tratados", ressalta.

Em alguns casos, pode ser mais vantajoso a retirada o útero. Para optar por algum dos procedimentos, é preciso saber o interesse. A decisão deve ser em conjunto médico e paciente. Normalmente, se orienta a retirada do órgão quando há múltiplos miomas e a mulher não quer ter mais filhos.

"Se ela não quer engravidar, o mioma é um transtorno. Ela mesma acaba preferindo retirar o útero, pois, além de não menstruar, não corre o risco de transtornos e incômodos possíveis em virtude dos procedimentos. Por exemplo: pode haver dor e é possível que o tratamento não responda positivamente, tendo que repetir", afirma.

Caso a mulher queira ter filho e o médico oriente que a paciente retire o útero, o ginecologista Ferrari aconselha, em caso de dúvidas, consultar um outro especialista. "Se ela tem confiança naquele médico, ela vai seguir a recomendação. Mas os médicos são peritos e, claro, existem uns melhores e outros piores. De uma forma geral, os especialistas levam em consideração o que é melhor para esta paciente", ressalta.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições