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Saúde

Estudo diz que bombeiros do 11/09 podem ter maior risco de câncer

Estudo diz que bombeiros do 11/09 podem ter maior risco de câncer

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

  Os bombeiros que foram expostos à fumaça e à poeira tóxica dos atentados de 11 de setembro de 2001 no World Trade Center, em Nova York, enfrentam um risco 19% maior de terem algum tipo de câncer do que seus colegas que não foram expostos, disseram pesquisadores dos EUA nesta quinta-feira (1º).

Esse é o primeiro estudo a examinar a incidência de câncer entre todos os bombeiros expostos às substâncias tóxicas. As conclusões podem levar a benefícios federais de saúde para membros das equipes de resgate que estejam sofrendo de câncer, uma década depois dos atentados.

"Este estudo claramente mostra que a exposição ao World Trade Center nesses bombeiros levou a um aumento no câncer", disse David Prezant, do Departamento de Bombeiros da Prefeitura de Nova York, cujo estudo foi publicado na revista médica The Lancet.

Os estudos até agora haviam procurado -- sem encontrar -- um risco maior de câncer de pulmão, que leva muitos anos para se desenvolver. O novo estudo tampouco encontrou uma correlação para esse tipo de câncer.

Os bombeiros que trabalharam nos destroços do World Trade Center, depois de dois aviões sequestrados atingirem suas torres gêmeas, foram expostos a vários agentes sabidamente cancerígenos, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, bifenilos policlorados e dioxinas.

Estudos anteriores haviam apontado riscos agravados de transtorno do estresse pós-traumático, asma e outras doenças respiratórias entre os membros das equipes de resgate.

Até agora, só alguns poucos estudos menores haviam indicado um risco ampliado de câncer, doença que pode levar de cinco a 20 anos para se desenvolver.

Em julho, um relatório do médico John Howard, diretor do Instituto Nacional para a Saúde e a Segurança Ocupacionais, concluiu que ainda não havia provas de uma correlação entre o 11 de setembro e o câncer.

Sem essa comprovação, bombeiros e outros membros das equipes não podem receber cobertura financeira para o tratamento do câncer, conforme previsto na Lei James Zadroga de Saúde e Compensação do 11 de Setembro, que cobre apenas doenças respiratórias, mas não o câncer.

Prezant disse a jornalistas que não é certeza de que o novo estudo será suficiente para incluir o câncer na cobertura da lei, mas que Howard, encarregado dessa decisão, está ciente do trabalho.

Ainda segundo Prezant, um dos grandes méritos da pesquisa é ter examinado quase 10 mil bombeiros homens. Foram avaliados apenas os casos de câncer que se desenvolveram nos sete primeiros anos depois do atentado, comparando a incidência com o de bombeiros que não estiveram no local.

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