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Saúde

Excesso de açúcar prejudica memória após os 40 anos

Excesso de açúcar prejudica memória após os 40 anos

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

Conforme envelhecemos nossa capacidade de reter lembranças pode falhar com mais frequência. Esquecer, por exemplo, onde está a chave do carro ou o que fizemos na quarta-feira passada faz parte desse processo. A elevação dos níveis de açúcar no sangue, que geralmente começa a subir por volta dos 40, quando o corpo se torna menos capaz de metabolizar a glicose, também é outro sinal do envelhecimento. Um estudo recente associou esses níveis de açúcar com os casos de esquecimentos momentâneos, apontando exatamente em que região do cérebro o processo de envelhecimento ataca – uma descoberta que pode ajudar idosos a fortalecer a habilidade mnêmica.

Os problemas senis para recordar levaram cientistas a acreditar na existência de interrupções no hipocampo - uma área que tem, entre outros papéis, o de "salvar lembranças", permitindo a retenção de novas informações. Usando ressonância magnética funcional, os pesquisadores observaram os efeitos da glicose sanguínea elevada no hipocampo de 181 indivíduos com 65 anos ou mais, sem histórico de demência. Eles descobriram que níveis elevados de açúcar prejudicavam a função de uma parte do hipocampo chamada giro dentado, que é o principal ponto afetado pelo envelhecimento, de acordo com o autor do estudo, o neurologista Scott Small, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

A glicose no sangue, porém, não é o único fator a afetar o desempenho do giro dentado. Em 2007, um estudo, do qual Small também participou, mostrou que exercícios melhoraram sua função, tanto em animais quanto em humanos. As pesquisas mais recentes, segundo ele, sugerem que esses efeitos positivos podem resultar da influência da prática de exercícios na capacidade do corpo de quebrar glicose. "Se for possível corrigir a intolerância à glicose, quem sabe dentro de algum tempo seja possível 'esquecer o esquecimento'", diz o psiquiatra Mony de Leon, da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos.

Postado por: Felipe Pinheiro

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