Estatísticas mundiais indicam que pelo menos uma em cada 100 mulheres abaixo de 40 anos apresenta falência ovariana prematura (FOP), mais conhecida como menopausa precoce. A Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) fará agora um recorte dessa incidência na Região Metropolitana de São Paulo e está inscrevendo interessadas para um grupo-piloto de 100 pacientes. O estudo inédito na região pretende averiguar as causas genéticas da FOP e se também em São Paulo prevalece a síndrome do X-Frágil, ou seja, um cromossomo "defeituoso" da mulher.
"É importante acompanhar a doença porque afeta pelo menos três gerações familiares - mães, filhas e avós - , além de orientarmos para a melhoria da qualidade de vida dessas mulheres", explica a geneticista Denise Maria Christofolini, membro da equipe da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da FMABC que fará a investigação e também integrada pelos doutores Caio Parente Barbosa e Emerson Barchi Cordts.
Nas mulheres com antecedente familiar, o X-Frágil é responsável por 13% dos casos de menopausa precoce, segundo estudos internacionais. Em filhos homens de mulheres com FOP, o X-Frágil é a principal causa de retardo mental. Nos pais dessas pacientes, a síndrome pode se manifestar por meio de ataxia (tremor) ligada ao cromossomo "defeituoso". "Entendendo a causa da falência ovariana precoce, pode-se também trabalhar na prevenção e aconselhamento familiar", aponta a geneticista Denise Christofolini.
Além de causa genética, a menopausa precoce também pode ter origem imunológica, de desequilíbrio hormonal, de toxinas e agentes virais, e das chamadas causas iatrogênicas, decorrentes de quimioterapia, cirurgias como laqueaduras e irradiação. O tratamento é a reposição hormonal, com combinação de estrogênio e progesterona.
Como participar?
Não há custo para integrar a pesquisa da FMABC. Basta ter menos de 40 anos e estar sem menstruação há mais de três meses (exceto se estiver grávida). Uma pequena bateria de testes envolverá coleta de sangue, ultra-som e dosagem hormonal. Dependendo do resultado, haverá acompanhamento por período a ser definido individualmente. Familiares de portadores da síndrome do X-Frágil também podem participar.
Mais informações pelo telefone (11) 4438-7299.
Postado por: Claudia Moraes
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