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Febre Amarela e Gripe A/H1N1 são temas do II Simpósio da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem

Febre Amarela e Gripe A/H1N1 são temas do II Simpósio da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

A expansão recente das áreas de risco para a febre amarela no Brasil e as medidas de vigilância epidemiológica e controle da nova onda gripe A/H1N1 estão entre os temas do II Simpósio da Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem (SBMV), que acontece nesta sexta-feira, dia 27, no Auditório do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Participarão do encontro mais de 20 especialistas de cinco universidades - USP, Unifesp, Unesp, UFRJ e UFPE - e três hospitais (Hospital das Clínicas/SP, Emílio Ribas e Vital Brasil), além de dez outras instituições. O evento é promovido com apoio da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas do grupo Sanofi-Aventis, que acaba de lançar o website www.viagemcomsaude.com.br, com informações sobre 223 destinos nos cinco continentes.

Prestes a completar um ano de atividades, a Sociedade Brasileira de Medicina de Viagem já está colaborando com o governo federal na discussão para a criação de diretrizes que ajudem a preservar a saúde dos brasileiros que circulam dentro e fora do País e dos estrangeiros de passagem pelo Brasil. A entidade foi criada para contribuir para a formação do profissional de saúde e a melhoria do atendimento do viajante. "O debate  de idéias e a troca de experiências e de informações médicas são fundamentais para o especialista em Medicina de Viagem", afirma o presidente da entidade, o infectologista Marcos Boulos, diretor da FMUSP, onde atua como professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias.

Na opinião do médico Fernando Martins, vice-presidente da SBMV, a informação é o requisito mais elementar para a prática da Medicina de Viagem. "E o congresso é uma peça importante porque divulga informações para os profissionais e para a comunidade. Hoje, boa parte do país está em área de risco para a febre amarela e as pessoas desconhecem", diz o especialista, que também coordena o Cives ? Centro de Informação em Saúde para Viajantes, da UFRJ.

Com duas conferências e três mesas redondas, o segundo simpósio da entidade abordará as medidas de controle e vigilância da Gripe A/H1N1, os problemas de saúde para viajantes de longa permanência (como parasitoses e malária), a imunização para viajantes (com destaque para poliomielite, raiva e febre amarela), os acidentes com animais peçonhentos e aquáticos e mergulho recreativo e o  papel da Medicina de Viagem no País e no mundo.

FEBRE AMARELA

Com a proximidade das férias escolares, os brasileiros que pretendem viajar para as áreas de risco para a febre amarela precisam se proteger contra a doença. A vacina está disponível tanto na rede pública como nas clínicas privadas de vacinação. "Todos os casos registrados no Brasil, no surto ocorrido entre 2007 e 2008,  eram de pessoas que estavam em áreas de risco, sem noção do perigo. O viajante internacional, quando chega ao Brasil, está bem orientado. O brasileiro não tem esta informação", avalia o médico Jessé Alves, da direção da SBMV.

Embora o Brasil esteja livre da febre amarela urbana desde os anos 40 ? os três últimos casos ocorreram em 1942 em Sena Madureira, no Acre -, o surto redesenhou as áreas de risco. São zonas rurais (principalmente, beiras de rios e córregos) e de grandes florestas de todos os estados do Norte e Centro-Oeste, partes do Nordeste (todo estado do Maranhão, Sudoeste do Piauí, Oeste e Extremo-Sul da Bahia), do Sudeste (todo estado de Minas Gerais, Oeste de São Paulo e Norte do Espírito Santo) e do Sul (Oeste dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Na América do Sul, as áreas de risco estão em todos os países da Amazônia Legal (Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa). Por conta do surto ocorrido no Brasil, Argentina e Paraguai passaram a integrar esta lista. Ainda nas Américas, a doença está presente em várias ilhas do Caribe. Na África, a área endêmica se estende por 33 países, localizados em uma enorme faixa de terra compreendida entre o sul do Deserto do Saara e o norte de Botsuana, Namíbia, Zimbábue e Moçambique.

DOENÇA

A febre amarela é causada por um vírus, do gênero flavivirus, transmitido por mosquitos. Uma pessoa não pode contagiar outra. Na cidade, o mosquito transmissor é o Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Nas áreas rurais, a transmissão ocorre por outros mosquitos. Animais, como os macacos, são reservatório do vírus causador da doença.

De cada 100 pessoas infectadas, apenas 15 apresentam os sintomas clássicos da doença. Metade de quem tem o quadro clássico morre, mesmo quando submetido a tratamento adequado. Nos primeiros dias, os sintomas da febre amarela se confundem com os da gripe: febre alta, mal-estar e dor de cabeça. Passados três dias, há uma pequena melhora. A partir do  quarto dia, o doente apresenta pele e olhos amarelados, sangramento, fezes cor de "borra de café" e diminuição da urina.

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