A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e o laboratório suíço Roche anunciaram ontem acordo para produzir na Farmanguinhos o medicamento Cellcept (micofenolato de mofetila), usado contra a rejeição de órgãos transplantados e doenças autoimunes.
O laboratório brasileiro deve dominar toda a produção do fármaco em cinco anos, ampliando e barateando a oferta no medicamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Os termos do contrato para a transferência de tecnologia ainda não foram fechados.
Esse é o terceiro acordo do tipo feito pela Fiocruz, que já firmou parcerias com a brasileira Libbs e a indiana Lupin.
Segundo a fundação, em 2010 o país gastou R$ 15 milhões na compra do medicamento. A intenção é diminuir o preço do comprimido, mas o gasto total deve aumentar com o crescimento da produção.
O medicamento, produzido também por outros laboratórios, é indicado contra a rejeição de órgãos transplantados, principalmente rins, e para o tratamento de doenças autoimunes, disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.
Ele afirmou que o remédio pode vir a ter outras aplicações. Em 2012, devem ser produzidos 20 milhões de comprimidos em Farmanguinhos.
"Em vários desses imunossupressores se percebem novos usos que não haviam sido originalmente pensados. Daí a relevância de oferecer de forma mais ampla esse medicamento", disse Gadelha.
A parceria também prevê intercâmbio para o desenvolvimento de novos tratamentos e produção de drogas contra o câncer.
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