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Gastrite: fuja desse mal

Gastrite: fuja desse mal

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por acometimento da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Segundo especialistas, essa inflamação é considerada uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Mas essa reação do organismo pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite.

A gastrite pode ser causada por diversos fatores:

Helicobacter pylori: bactéria que tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A infecção por esse microorganismo é considerada extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida, a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, câncer de estômago. O médico suspeita de que uma pessoa está com gastrite quando o paciente relata a presença dos sintomas listados abaixo. O médico investiga os hábitos alimentares do paciente, uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas, se o paciente tem outras doenças já diagnosticadas. A partir daí, exames complementares podem ou não ser realizados.

Importante ressaltar que o diagnóstico de gastrite só pode ser firmado pela endoscopia digestiva alta, quando o médico visualiza a mucosa gástrica lesada e colhe fragmentos (biópsia) para exame citológico. Caso não seja realizada a endoscopia, o diagnóstico mais correto é o que se costuma classificar de Dispepsia.

Sintomas da doença:

Desconforto na região superior do abdome: pode ser representado por dor ou apenas um desconforto. Alguns pacientes podem se queixar de "queimação"; dor que melhora com a ingestão de alimentos;

Náuseas e vômitos, geralmente acompanhando o desconforto;

Saciedade precoce, ou seja, sensação de empachamento logo após a alimentação;

Se a gastrite levar à formação de úlceras gástricas hemorrágicas, pode haver eliminação de sangue digerido pelas fezes (que ficam escuras) ou por vômitos. O que provoca a gastrite

Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteróides, usados regularmente e por um longo período, podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. O uso frequente de corticóide também pode causar gastrite;

Álcool: quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos, pode levar à inflamação e ao dano gástrico;

Gastrite autoimune: o nosso organismo costuma produzir anticorpos para combater fatores agressores externos. Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças. Na gastrite autoimune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo;

Outras infecções: a gastrite infecciosa também pode ser causada por outras bactérias como a da tuberculose e a da sífilis. Também pode ser provocada por vírus, fungos e outros parasitas. Como cuidar da gastrite

O tratamento da gastrite está relacionado ao agente causador. Nos casos de gastrite aguda associada ao uso de medicações antiinflamatórias, sua suspensão e/ou substituição, associada ao uso de medicamentos que neutralizem, inibam ou bloqueiem a secreção ácida do estômago, é o tratamento básico.

A endoscopia, mais utilizada nos casos de gastrite aguda acompanhada de sangramento, além de poder fazer o diagnóstico, pode interromper a hemorragia aplicando variados tratamentos locais. Não há consenso sobre a vantagem de tratar a bactéria Helicobacter pylori quando há gastrite sem úlcera, pois não tem sido observada uma melhora significativa dos sintomas digestivos. Nos casos em que há a indicação do tratamento para a erradicação da bactéria, este consiste na administração de antibióticos e de bloqueadores da produção de ácido gástrico.

Como prevenir

Para evitar o surgimento ou agravamento da gastrite é preciso evitar o uso de medicações irritativas como os antiinflamatórios e a aspirina. Evitar o abuso de bebidas alcoólicas e do fumo. Existem controvérsias quanto ao hábito da ingestão de café e chá preto influir nas gastrites, por isso o seu consumo deverá depender da tolerância individual. A melhoria das condições sanitárias, do tratamento da água de consumo doméstico, da higiene pessoal (lavar as mãos antes de tocar alimentos), dos cuidados no preparo e na conservação dos alimentos, faz decrescer significativamente as vítimas das toxinfecções alimentares (gastroenterites).

Postado por: Felipe Pinheiro

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