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Saúde

Gestação múltipla desafia reprodução assistida

Gestação múltipla desafia reprodução assistida

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

Os procedimentos de reprodução assistida tiveram um grande salto nos últimos anos. As taxas de sucesso em cada tentativa passaram de 20% para 50%, desde a década de 80. No entanto, os especialistas ainda enfrentam problemas com relação à gestação múltipla. "Ainda é bastante comum a associação entre o número de embriões transferidos e as chances de gravidez", diz o especialista em reprodução assistida, Selmo Geber, da Clínica Origen. Segundo Geber, os riscos de uma gestação múltipla devem ser avaliados com critério antes da transferência dos embriões. "Ter três ou quatro filhos de uma vez pode parecer simpático a princípio, mas os riscos são altos, já que as crianças nascem prematuras e com baixo peso, além de exigir cuidados redobrados da mãe durante a gestação", destaca.

No momento, a proposta mais utilizada para a solução do problema é a classificação embrionária criteriosa. O médico selecionaria o embrião com melhor morfologia e com melhor potencial de implantação. Dessa maneira, as taxas de sucesso se manteriam, mesmo com o menor número de embriões transferidos. Os critérios para a seleção foram definidos a partir de diversos estudos realizados nas mais avançadas clínicas especializadas.

Cada embrião recebe uma nota, desde o estágio de zigoto (um dia após a fertilização) até o dia +5 após a fertilização. "Podemos classificar os embriões em cada um dos diferentes estágios de desenvolvimento, assim, no dia 1 avaliamos como estão os pronúcleos e se ocorreu divisão precoce, no dia 2 quando tem de duas a quatro células, no dia 3, quando tem de seis a dez, e no dia 5 quando estão em estágio de blastocisto" explica Geber.

Segundo o médico, é nessa última fase que ocorre a primeira diferenciação entre as células externas - que darão origem à placenta - e as internas, que serão o embrião propriamente dito. "Esperamos até o último momento para que os melhores embriões - os que têm o melhor desenvolvimento - se mostrem. Assim, podemos identificar quais terão mais chances na implantação", completa.

A técnica é uma das mais utilizadas para diminuir o número de implantações, e quando realizada com sucesso, mantém os índices de gravidez dos processos comuns, com muitos embriões, diminuindo a gemelaridade.

Postado por: Claudia Moraes

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