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Saúde

Governo debate nesta quarta com médicos proibição de emagrecedores

Governo debate nesta quarta com médicos proibição de emagrecedores

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:54

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) realiza nesta quarta-feira (23) uma audiência pública para discutir a proibição dos moderadores de apetite que atuam no sistema nervoso central, usados para tratar a obesidade.

Os medicamentos que estão na berlinda são a sibutramina - considerada padrão ouro no tratamento da obesidade -, além dos derivados de anfetamina - femproporex, mazindol e dietilpropiona (anfepramona) -, drogas que estão no mercado brasileiro há mais de 30 anos. Sem elas, dizem especialistas, pacientes obesos ficarão sem opção de tratamento e acabarão recorrendo a cirurgias de redução de estômago ou a formas clandestinas para obter a droga.

Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, levará em consideração os dados citados nas 90 páginas do relatório, elaborado no ano passado pela equipe técnica, que sugere a retirada imediata dessas drogas do mercado. Um dos principais pontos a serem apresentados pela agência é o resultado do estudo Scout, realizado pelo próprio fabricante da sibutramina (Abbott) com cerca de 10 mil pacientes obesos com mais de 55 anos. A maioria tinha histórico de doença cardíaca e parte deles, diabetes.

Nesses pacientes foi constatado que o risco de infarto associado ao uso da sibutramina é de 16%. Com base nesse resultado, a União Europeia considerou que o risco era extensivo a todos os pacientes e decidiu banir a droga do mercado. Nos EUA, o medicamento foi retirado das prateleiras por decisão do fabricante, após a FDA (agência que regula fármacos e alimentos) apertar o cerco contra a droga.

Segundo Rosana Radominski, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), os endocrinologistas sempre souberam que a sibutramina não pode ser indicada para pacientes cardíacos.

- Estamos preparados para contestar cada ponto do relatório da Anvisa. O problema é que teremos apenas dez minutos. São dois olhares diferentes para o mesmo problema e esperamos que haja uma solução.

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