A Marinha está testando um novo tratamento para curar o estresse pós-traumático dos soldados, problema que atinge cerca de 250 mil militares. A técnica chamada SGB (stellate-ganglion block) consiste na aplicação de um anestésico em um gânglio do pescoço.
O método foi desenvolvido pelo anestesista americano Eugene Lipov. O anestésico é administrado em um tecido nervoso do pescoço e, segundo estudos, desliga um fator chamado crescimento neural, que surge durante experiências estressantes e desencadeia o estresse crônico.
Eu acredito que o SGB é similar ao processo de reiniciar um computador, só que nós estamos falando de um sistema que envolve circuito de nervos e vias químicas explica a capitã Anita Hickey, diretora da Integrative Pain Medicine da Naval Medical Center San Diego, local onde são estudados novos tratamentos para o estresse pós-traumático, como acupuntura e exames cerebrais.
O estudo foi feito com 42 pessoas da Marinha diagnosticadas com a doença. Segundo Hickey, ela não pode dar dados específicos sobre o tratamento, mas disse que o processo inclui dois grupos, um deles tratados com placebo ela afirma não saber qual grupo está, ou não, sendo administrado o tratamento real. Isso é feito para evitar avaliações subjetivas da eficácia do tratamento.
Lipov publicou um estudo sobre o método em 2009, porém, sempre encontrou dificuldades para financiar o projeto. Uma das razões, apontadas por comissões que negaram o projeto, é que ainda falta uma explicação neurobiológica convincente. Outros apontam os riscos do método ele pode provocar convulsões ou atingir uma artéria.
Com um número cada vez mais crescente de soldados com a doença, há um esforço para se descobrir novas terapias. Segundo Hickey, existem atualmente 82 diferentes estudos sobre potenciais tratamentos para curar o estresse pós-traumático, financiados pela Marinha.
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