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Álcool aumenta risco de depressão profunda, diz pesquisa

Álcool aumenta risco de depressão profunda, diz pesquisa

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

O consumo abusivo de álcool aumenta o risco de depressão profunda, mas o contrário não é válido, ou seja, estar depressivo não leva a uma maior ingestão de bebidas alcoólicas, como se costumava crer. Essas são as conclusões de um estudo da Universidade de Otago, Nova Zelândia, que foi publicado recentemente na revista "Archives of General Psychiatry".

Até agora, diversas pesquisas epidemiológicas tinham relacionado depressão e dependência alcoólica, mas não ficava claro se uma desordem levava à outra, ou se existia um fator de risco comum, ambiental ou genético.

Após realizar um estudo estatístico com mais de mil pessoas, os pesquisadores descobriram que existe uma relação unidirecional entre o consumo de álcool e o risco de sofrer de uma depressão profunda.

Os cientistas, porém, descartaram uma associação entre a manifestação de uma depressão e o posterior consumo abusivo de bebidas alcoólicas. Para eles, as pessoas depressivas não recorrem à bebida como forma de melhorar o estado de espírito. A equipe estudou as relações entre álcool e depressão em 1.055 indivíduos nascidos em 1977 quando estes tinham de 17 a 18 anos, de 20 a 21 e de 24 a 25 anos.

Na primeira fase, 19,4% apresentavam problemas com o álcool e 18,2% sofriam depressão profunda. Quando tinham de 20 a 21 anos, 22,4% dos indivíduos possuíam distúrbios alcoólicos e 18,2%, depressão. Já na última etapa, 13,6% dos indivíduos tinham problemas com o álcool e 13,8% sofriam do distúrbio psiquiátrico. Em todas as idades estudadas, o abuso de álcool estava ligado a um aumento do risco de sofrer depressão severa.

Os indivíduos com dependência alcoólica tinham uma probabilidade 1,9 vez maior de desenvolver um distúrbio psiquiátrico grave em comparação com os que não bebiam. Os mecanismos que levam à ativação desta associação entre depressão e álcool não estão claros, mas os pesquisadores consideram que pode se dever a processos genéticos nos quais o segundo aumenta o risco de sofrer do primeiro.

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