MENU

Saúde

Leucoplasia: o que as manchas brancas dizem sobre sua saúde

Cigarro, refluxo e bebida alcoólica podem facilitar a condição, alerta otorrino do Hospital Paulista.

Fonte: GuiameAtualizado: segunda-feira, 23 de janeiro de 2023 às 16:43
(Foto: Diana Polekhina/Unsplash)
(Foto: Diana Polekhina/Unsplash)

A Leucoplasia é uma lesão que se assemelha a uma mancha branca, que pode ser pré-maligna ou ter células cancerígenas em sua base, e surge nas diversas mucosas da via aérea e, também, na corda vocal e laringe.

“Para uma célula se tornar cancerígena ela vai sofrendo algumas transformações e uma dessas manifestações é a superfície branca”, explica Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

O médico salienta que nem tudo o que é branco é uma lesão pré-maligna ou um foco inicial de câncer. Ele explica que, por exemplo, a lesão conhecida como “sapinho”, que costuma surgir na mucosa da boca e pode também aparecer na corda vocal ou laringe, é causada por um fungo chamado cândida e se manifesta na forma de uma ou mais lesões brancas. 

Um outro exemplo é a laringite aguda, causada por infecção viral que pode causar lesão esbranquiçada na mucosa. Todas essas lesões podem ser confundidas com a Leucoplasia.

Segundo o médico, que também é diretor fundador do Voice Center, a maioria das Leucoplasias da laringe acontece na prega vocal e um dos sintomas que aparece precocemente é a alteração na voz — a disfonia — que pode ser percebida como uma rouquidão e raramente vem acompanhado de outros sintomas.

O médico orienta que uma vez identificada a lesão branca é necessário estabelecer o diagnóstico do tipo e da causa, pois se a leucoplasia for tratada precocemente é possível evitar que evolua para um câncer. Quando diagnosticado em estágio inicial, esse tipo de câncer pode ser tratado com uma simples remoção cirúrgica.

Como tratar?

O tratamento para a Leucoplasia quando confirmada como uma lesão persistente, depois de um tratamento clínico conduzido corretamente, é a ressecção completa da lesão. Em geral, é preciso fazer a biópsia excisional, que tira toda a lesão para analisar através do microscópio.

Uma das manifestações indicativas de que a célula poderá se tornar cancerígena é a displasia. O paciente com essa condição no tecido deve ser tratado através de uma cirurgia e ser acompanhado por, pelo menos cinco anos.

De modo geral, quando a lesão é identificada como Leucoplasia, se entende que ela está em um estágio que precede o câncer, ou seja, em um estado inicial do processo de malignização. Já quando a lesão é confirmada como câncer através da biópsia, este pode estar em diferentes estágios da doença, que dependem do seu tamanho, profundidade e lugar. 

Quando a biópsia confirma o diagnóstico de câncer, uma segunda cirurgia pode ser necessária para o seu completo tratamento, ou ainda, se for uma lesão cuja remoção cirúrgica pode comprometer muito a voz do paciente ou as outras funções vitais da laringe como a deglutição e respiração, é possível optar pela radioterapia e/ou quimioterapia.

Dr. Domingos adverte que é difícil prevenir a leucoplasia, sobretudo quando a pessoa fuma, bebe e tem refluxo, pois são fatores que facilitam o surgimento da lesão.

Um fumante, por exemplo, tem a mucosa não só da laringe, mas de toda a via aérea irritada por causa do cigarro.  Essa irritação costuma causar alguns sinais e sintomas como a rouquidão, sensação de corpo estranho, dores, pigarro e outros incômodos, principalmente na região da garganta, que devem ser motivos para uma investigação mais apurada através do exame videolaringoscopia realizado pelo otorrinolaringologista. Mesmo os não fumantes devem ser avaliados mediante qualquer um desses sintomas. Só assim, a doença pode ser descoberta no seu início.

“É fundamental evitar o cigarro e o álcool, pois são sabidamente relacionados à origem do câncer. O refluxo também deve ser controlado, pois costuma estar relacionado a diversos outros problemas otorrinolaringológicos, inclusive a leucoplasia na corda vocal”, orienta o otorrino.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições