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Saúde

Má alimentação e sedentarismo contribuem para a obesidade infantil

Má alimentação e sedentarismo contribuem para a obesidade infantil

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:32

A correria do dia-a-dia impulsiona adultos a comerem mal e, como conseqüência, ganharem peso, sem saúde. No caso das crianças não é a falta de tempo que proporciona esse desequilíbrio. Isso se dá pela grande oferta de comidas atraentes por fora, pobres em nutrientes, como os fast-foods e guloseimas. Estas são especialmente desenvolvidas para "hipnotizar" esse público; com embalagens coloridas e personagens dos desenhos que estão em alta entre a criançada. E isso não se restringe apenas ao pacote, o próprio doce em si também é cheio de atrativos; cores, cheiros e formatos dos mais diferentes.

Aliada a isso está a enorme demanda de jogos eletrônicos, que afastam as crianças das brincadeiras físicas, como o pega-pega e o esconde-esconde, tão populares entre os pequenos de gerações passadas. E assim o número de garotos obesos só aumenta, tornando-se um problema de saúde pública.

Segundo o IBGE, no Brasil, em torno de 10% das crianças e dos adolescentes estão acima do peso e 7,3% são obesos. Um jovem é considerado gordo quando o seu Índice de Massa Corpórea - IMC - está entre 85 e 95% em relação ao gráfico do Center for Disease and Control and Prevention, o CDC 2000, dos EUA.

No caso de obesidade, esse índice tem que ser maior que 95. "Estudos brasileiros mostram que nas escolas privadas a existência de sobrepeso e obesidade é maior do que nas escolas públicas, e este dado se justifica pelo fácil acesso que essas crianças têm a alimentos ricos em gorduras e açúcares simples, além de uma maior aquisição de modernidades tecnológicas que estimulam o sedentarismo", explicou Fabiana de Moraes Penteado, endocrinologista pediátrica do Hospital Santa Marina.

Além da inatividade e da grande quantidade de comidas nada saudáveis, os hábitos familiares também contribuem para o excesso de peso dos filhos, pois são os pais os responsáveis por dar o exemplo de boa alimentação. "Quando um dos pais é obeso, o risco da criança ser obesa é de 50%. Quando ambos são obesos essa ameaça sobe para 90% e sabemos que embora os fatores genéticos respondam por 24 a 40% dos casos de sobrepeso, não se pode negar o efeito do exemplo e compartilhamento de atitudes da família", disse Dra. Fabiana.

Uma criança gorda pode facilmente tornar-se um adulto também acima do peso e com a saúde comprometida; mais propenso a desenvolver, entre tantos outros problemas, hipertensão, diabetes, colesterol elevado, apnéia do sono, doenças ortopédicas e até mesmo problemas psico-sociais.

A medicina avança e já existem soluções para alguns dos males causados pela obesidade, mas não é de hoje que se sabe que é melhor prevenir do que remediar, começando por proporcionar aos filhos um ambiente saudável, ou seja, ensiná-los desde pequenos a comer frutas, verduras e legumes e não incentivar, ou propiciar, tantos momentos de comilança desregrada. A criança precisa saber que balas, chocolates, refrigerantes, sanduíches e pizzas não fazem parte da refeição de todos os dias. Para a Dra. Fabiana a alimentação deve ser rica em fibras, pouco gordurosa e com baixo teor açúcares, de três em três horas e na quantidade adequada para cada faixa etária. "O ideal é que, além de um cardápio balanceado, a criança faça exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, durante 30 minutos", orientou.

Se a criança estiver acima do peso não recorra a dietas malucas, procure um especialista - endócrino ou nutricionista - ajude o seu filho a seguir as recomendações e evite as tentações.

Postado por: Claudia Moraes

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