A prevalência de controle inadequado de asma na criança é estimada em aproximadamente 67%, segundo pesquisadores do Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York. Por isso, em estudo apresentado este mês na Conferência e Exibição Nacional da Academia Americana de Pediatria, os especialistas destacaram a necessidade de que pais e educadores reconheçam os sinais da falta de controle da condição, para reduzir a morbidade e as faltas de aula de crianças de alto risco.
Usando um questionário clínico distribuído para os pais de estudantes de escolas de uma área urbana, os pesquisadores avaliaram a prevalência e os indicadores de controle inadequado da asma, além de identificarem as crianças que se beneficiariam dos serviços de saúde existentes na região. A pesquisa foi distribuída para 716 pais que submeteram, à escola, o Formulário de Administração de Medicamento, autorizando-a a administrar o broncodilatador albuterol na criança em caso de emergência. E o controle inadequado foi definido como três ou quatro noites apresentando os sintomas em quatro semanas; três ou mais dias de sintomas ou de rápido alívio com o uso de medicamentos por semana; ou que os sintomas limitavam as atividades.
Com a resposta de 74% dos pais, os pesquisadores notaram que mais de 65% das crianças tinham um controle inadequado da doença respiratória. No período dos 12 meses anteriores à pesquisa, 72% das crianças haviam visitado, sem agendamento, um médico por causa da asma; 52% tiveram de usar esteroides orais, 54% visitaram o departamento de emergência; e 15% ficaram internados por causa dessa doença respiratória.
Em análises mais aprofundadas, os especialistas observaram que o número de visitas não-agendadas ao médico de atenção primária e o número de esteroides orais usados em um ano, além da falta às aulas, seriam indicadores independentes do controle inadequado da doença. Por outro lado, a gravidade persistente da doença e o número de visitas ao departamento de emergência em um ano não indicaria o status do controle da asma. "O relato dos pais de visitas ao médico relacionadas à asma, de faltas à escola, ou da administração de esteroides podem ser usadas para identificar as crianças em que a asma é mais propensa a continuar descontrolada. Essas crianças podem ser melhores candidatas para os serviços de asma do que aquelas com mais visitas às salas de emergência ou hospitalizações", concluíram os autores.
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