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Mal de Alzheimer

Mal de Alzheimer

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Mulheres são maioria nos atendimentos do SUS em São Paulo

No Estado de São Paulo, 64,1% das pessoas que procuram atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) são mulheres, segundo um levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde divulgado no dia 1º de abril de 2009. O estudo apontou que a idade média das pacientes que buscam atendimento é de 76 anos e que 24% delas são das classes A e B, ou seja, com renda superior a 20 salários mínimos (R$ 9.300).

Segundo a médica Madalena Bazzo, diretora do Complexo Hospitalar Padre Bento, da Secretaria de Estado da Saúde, afirma que não há uma tese que confirme ser a incidência do Alzheimer maior nas mulheres, mas informa que a medicina já viu relação com hormônios femininos.

"Estudos apontam que a doença acomete na maior parte dos casos mulheres por conta de déficits hormonais, como o estrogênio, cuja taxa cai consideravelmente quando a mulher ingressa na menopausa. Não há, porém, qualquer comprovação científica nesse sentido. Ou seja, sabe-se que a falta deste hormônio pode ser uma predisposição para o desenvolvimento da doença, mas não há como afirmar que seja definitiva", ressalta.

A doença

Sabe-se que é uma enfermidade degenerativa, de dano irreversível, sendo possível, entretanto, melhorar a qualidade de vida e retardar o avanço da doença. "As propostas de medicamentos desaceleram o processo. Embora não curem o doente, essas medidas minimizam os sintomas e melhoram a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, fazendo com que as pessoas consigam conviver melhor com a doença", explica a médica.

A especialista diz que não há hoje qualquer confirmação sobre a hereditariedade da doença. Mas deixa claro que as pessoas que convivem com o problema devem ter a mente estimulada, através, por exemplo: de leitura, pintura, conversa sobre o cotidiano, datas, histórias familiares e palavras cruzadas.

Além disso, é importante incentivar a integração do doente portador de mal de Alzheimer com grupos comunitários em atividades de lazer, recreacionais ou de movimentação física. A comunicação verbal e a lógica também podem minimizar os efeitos progressivos da doença.

"Os medicamentos usados visam melhorar a circulação cerebral, impedir estados depressivos e a atrofia cerebral, razão esta que torna mais importante a participação em atividades dos centros de referência ou a convivência com idosos, que não oneram famílias e permitem a percepção dos sinais e sintomas no início da doença", esclarece a Drª Madalena.

Sintomas

As manifestações da doença são semelhantes em homens e mulheres e vão se agravando com o passar do tempo. A fase inicial costuma ser de difícil identificação pelos familiares e pessoas que convivem com o paciente, pois nesta etapa o sintoma mais característico é a perda recente da memória e de fixação - muitas vezes associado à idade.

"São mudanças de comportamento que tornam a pessoa irritada, agitada, agressiva, rude, e às vezes com uma apatia inexplicável. O mais difícil para a família reconhecer o diagnóstico é o fato de a pessoa estar fisicamente bem, com boa saúde, aparentemente com bom desempenho social e intelectual. O importante é relacionar a progressividade das manifestações, que permitem um diagnóstico precoce", ressalta a médica.

Para Drª Madalena, a divulgação da doença está ajudando os familiares, que hoje já chegam aos consultórios e aos hospitais já informando ao médico a suspeita de mal de Alzheimer. Normalmente, a família observa a dificuldade de memória com outros fatores comportamentais, principalmente com relação às atividades de rotina, que são realizadas ou esquecidas ou não são executadas com lógica.

"Se perder a memória no caminho de casa ou do banco, por exemplo, indo para outro lugar totalmente diferente, usando meios não habituais. Esquecer de tomar banho ou de comer e não lembrar ao ser indagado. Lembrar ou esquecer de pessoas da casa e do seu cotidiano. São fatores que devem ser levados em consideração", reforça a doutora.

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