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Máquina lê pensamentos

Máquina lê pensamentos

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:26

Cuidado com o que pensa. Os cientistas da Universidade da Califórnia Berkeley estão cada vez mais perto de produzir clipes com as imagens de nossos pensamentos. Mas acalme-se, perto só quer dizer que estão avançando nas pesquisas em decodificar sinais emitidos pelo cérebro e transformar em imagens borradas que lembram o que a pessoa viu.

Para tentar fazer com que os pensamentos fossem “lidos”, voluntários assistiram uma seleção de filmes enquanto permaneciam estáticos dentro de uma máquina de ressonância magnética. A máquina escaneava o cérebro enquanto as pessoas assistiam aos filmes por 10 vezes, em duas horas.

Um neurônio pode “acender” centenas de vezes por segundo enquanto você pensa e a máquina de ressonância é capaz apenas de tirar fotos do cérebro. Para transformar essa atividade dos neurônios em imagens, os pesquisadores criaram uma espécie de dicionário de imagens com programa que faz a reconstrução.

Para reconstruir os vídeos mentais, os cientistas usaram como base uma seleção de 18 milhões de segundos de vídeos do YouTube escolhidos ao acaso. Se as medições cerebrais forem precisas e o modelo criado por eles funcionar, eles poderão reconstruir clipes muito semelhantes aos vídeos assistidos.

A ideia é montar as imagens do pensamento das pessoas com trechos de vídeos diferentes daqueles que eles assistiram. O resultado foi uma junção de borrões e imagens fantasmagóricas que lembravam um pouco dos filmes que as pessoas realmente assistiram. Mas isso é só o começo, dizem os cientistas, é um teste para saber se esse decodificador de pensamentos em filmes funciona.

Em um estudo prévio, os pesquisadores mostraram fotografias em preto e branco para as pessoas enquanto elas estavam na ressonância. O próximo passo dos cientistas é criar um decodificador para informações de uma área maior do cérebro, se eles tiverem sucesso, os clipes podem ficar mais precisos com o tempo.

O objetivo do grupo de pesquisadores não é construir um aparelho de leia pensamentos, mas entender melhor o funcionamento do cérebro. Para fazer algo que leia os pensamentos com mais precisão seria necessário a criação de um equipamento muito mais avançado que a ressonância magnética. E não há uma tecnologia melhor no caminho, dizem os pesquisadores.

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