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Saúde

Mulheres após a menopausa correm mais risco de sofrer infarto

Mulheres após a menopausa correm mais risco de sofrer infarto

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:23

Apesar dos avanços nos diagnósticos e tratamentos, as doenças cardiovasculares continuam sendo a principal causa de mortalidade entre as mulheres acima dos 50 anos. Já na faixa etária dos 40 anos, os homens continuam sendo os mais vulneráveis ao infarto do miocárdio, segundo afirma o cardiologista Fernando Abrão Adura, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André.

Esta relação, porém, muda de forma significativa com o decorrer do tempo, de modo que o aumento na frequência do infarto cresce mais rapidamente entre as mulheres, especialmente após a menopausa. Estatísticas revelam que o infarto ocorre duas a três vezes mais após a menopausa, quando se comparam mulheres de mesma idade. Sabe-se também que quanto mais jovem a mulher entra na menopausa, maiores os riscos de desenvolver as doenças cardiovasculares.

Segundo o especialista, acredita-se que a patologia ocorra em decorrência da perda da proteção do estrógeno, hormônio produzido durante a vida fértil da mulher. “A parada de produção do estrógeno pelo ovário provoca alterações no perfil do colesterol, levando ao aumento do colesterol ruim (LDL) e dos triglicérides”, explica o médico.

É importante que a população feminina tenha cuidados especiais após a menopausa, destacando a necessidade de avaliações periódicas e realização de exames preventivos para que qualquer problema seja diagnosticado e tratado rapidamente.

O infarto é provocado por placas de colesterol que se formam na parede das artérias coronárias obstruindo-as e impedindo que o músculo do coração receba oxigênio e nutrientes. Estas placas são formadas pela aterosclerose, que tem como fatores de risco para o seu desenvolvimento o tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, obesidade, sedentarismo e fatores hereditários.

Os principais sintomas do infarto são fortes dores no peito, irradiada para o braço esquerdo, acompanhada por náuseas, vômitos e sudorese. Assim, que os sintomas surgem é fundamental procurar imediatamente um médico, pois quanto mais precoce o início do tratamento maiores as chances de sucesso. As mulheres podem apresentar sintomas atípicos, como falta de ar e dores no estômago, o que dificulta o diagnóstico.

“O primeiro sintoma da obstrução de uma coronária pode ser logo um infarto, cuja mortalidade é de quase 50%, por isso a importância da prevenção, com foco especial nos indivíduos assintomáticos, que possuam os fatores de risco”, alerta o Cardiologista.

Por meio de uma avaliação e realização de exames para estratificação de risco, como o teste ergométrico, muitas pessoas tem o diagnóstico precoce, permitindo o tratamento antes que sofreram um infarto.

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