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Musicoterapia

Musicoterapia

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Musicoterapia

A cura no ritmo de cada doença

Desde a antiguidade que a música é usada para tratar doenças, mas os primeiros artigos sobre os efeitos dessa forma de tratamento no corpo humano só foram publicadas no século XVIII. Desde então o assunto vem sendo estudado no meio científico. Hoje em dia já se sabe que melodias agradáveis induzem a liberação de substancias no corpo que causam sensação de prazer e bem estar. Mas aparentemente ainda existe muito para ser estudado sobre o efeito da música nas pessoas.A musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música para ajudar no tratamento de problemas, tanto de ordem física quanto de ordem emocional ou mental.

Um grupo de neurocientistas da Universidade de Helsinki na Finlândia divulgaram pesquisas mostrando que até mesmo vítimas de derrames cerebrais podem ser beneficiadas se forem tratados com o uso de melodias. Ao constatarem que elas estimulam o sistema nervoso das pessoas, os cientistas perceberam que a música ativa várias áreas do cérebro simultaneamente, até mesmo aquelas danificadas pelo derrame, acelerando o processo de recuperação. Os expressivos resultados comprovaram que escutar música no tratamento das seqüelas de um derrame pode ajudar na recuperação do paciente e prevenir a depressão.

A descoberta foi feita através de um experimento relativamente simples. Cerca de 60 pacientes que haviam tido um derrame foram separados em 3 grupos. O primeiro foi orientado a escutar música, o segundo a escutar livros gravados em fita e o terceiro recebeu apenas o tratamento comum. Depois de três meses de testes os especialistas perceberam que a memória verbal do grupo que escutou música melhorou 60%. Já os que escutaram livros gravados 18% e 29% dos que estavam apenas fazendo o tratamento tradicional.

Além do derrame, também as dores crônicas são tratadas com música. Uma pesquisa feita em 2006 nos Estados Unidos pela instituição “Cleveland Clinic Foundation”, descobriu que pacientes tratados com melodias tiveram uma redução 21% maior nas suas dores que os que não ouviam música.

Os participantes do experimento relataram que a dor que sentiam antes da musicoterapia atingia várias partes do corpo e era ininterrupta. Todos apresentavam doenças como a osteoartrite, problemas de hérnia de disco e artrite reumática há mais de seis anos.

Ao mesmo tempo em que pesquisadores descobriram os avanços com o uso da música para tratar doentes, um estudo feito por um residente médico de Harvard, Claudius Conrad, sugere que a música pode exercer efeitos sedativos e até mesmo a cura por meio da estimulação de um hormônio.

Conrad publicou um artigo no jornal “Critical Care Medicine”, que revela uma resposta fisiológica à música em pacientes que estavam em tratamento pós-cirúrgico. Ao escutarem Mozart depois que o efeito dos sedativos não agia mais, eles tiveram um tipo de aceleração no hormônio pituritário de crescimento, que é determinante para acura de enfermidades.

Segundo Conrad, a conseqüência disso foi uma redução na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos dos pacientes. Além disso, houve uma menor necessidade deles usarem analgésicos e houve uma queda em alguns dos principais hormônios ligados ao estresse.

Tipos de música

Alguns tipos de música podem servir de guia para as necessidades de cada pessoa.Para os espacialistas, a músia de Bach, por exemplo, pode ajudar muito no aprendizado e na memória, Rossini, com Guilherme Tell e Wagner, com as Walkirias, ajudam especialmente no tratamento de pacientes com depressão. As valsas de Strauss podem contribuir e muito, para os momentos em que se necessita um maior relaxamento, estando bem indicadas para salas de parto. As marchas são um tipo de música que transmite energia, tão importante e escassa em áreas hospitalares de pacientes em convalescença.

Um bom exemplo disso tem sido o uso da musicoterapia, no auxílio do tratamento da doença de Alzheimer. Doença de caráter progressivo e degenerativo tem, entre seus primeiros sinais, o esquecimento, a dificuldade de estabelecer diálogos, as mudanças de atitude e a diminuição da concentração e da atenção. A musicoterapia ajuda a estimular a memória, a atenção e a concentração, o contato com a realidade e o esforço da identidade. Trabalha-se ainda a estimulação sensorial, a auto-estima e a expressão dos sentimentos e emoções.

Como atua o musicoterapeuta?

O profissional que aplica a musicoterap pode utilizar apenas um som, recorrer a apenas um ritmo, escolher uma música conhecida e até mesmo fazer com que o paciente a crie sua própria música. Tudo depende da disponibilidade e da vontade do paciente e dos objetivos do musicoterapeuta. Segundo os cientistas, o tratamento com música traz bons resultados ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve, e ainda tem, a música em sua vida.

A música trabalha os hemisférios cerebrais, promovendo o equilíbrio entre o pensar e o sentir, resgatando a "afinação" do indivíduo, de maneira coerente com seu diapasão interno. A melodia trabalha o emocional, a harmonia, o racional e a inteligência. A força organizadora do ritmo provoca respostas motoras, que, através da pulsação dá suporte para a improvisação de movimentos, para a expressão corporal.

O profissional é preparado para atuar na área terapêutica, tendo a música como matéria-prima de seu trabalho. São oferecidos ao aluno conhecimentos musicais específicos, voltados para a aplicação terapêutica, e conhecimentos de áreas da saúde e das ciências humanas. São oferecidas também vivências na área de sensibilização, em relação aos efeitos do som e da música no próprio corpo.

 

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