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Saúde

Não fumantes sofrem com cigarro

Não fumantes sofrem com cigarro

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Pessoas não fumantes, mas que estão expostas regularmente à fumaça do tabaco têm concentrações de monóxido de carbono compatíveis com as de cidadãos que fumam. De acordo com estudo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo na capital paulista, foram avaliadas 1.310 pessoas em pesquisa sobre sua exposição à poluição tabágica ambiental, durante ações de prevenção e alerta promovidas em 2008 em ambientes abertos, como ruas de grande circulação, e fechados, como bares e restaurantes.

Os participantes do estudo realizaram o teste do monoxímetro, que mede o nível de monóxido de carbono no organismo. Do total de avaliados, 18,32% tiveram resultado compatível com a de fumantes leves (que consomem menos de um maço de cigarros por dia). Já 15,27% dos testes apontaram que as pessoas eram fumantes (menos de dois maços de cigarros diários), e 2,29% indicaram níveis compatíveis com a de fumantes pesados (mais de dois maços por dia).

O levantamento também apontou que 70,23% dos entrevistados, não usuários de tabaco, convivem com fumantes no ambiente de trabalho, enquanto 24,43% respiram a fumaça alheia na própria residência, 4,58% em bares, boates e restaurantes, outros 4,58% em escolas e 20,61% em outros locais com amigos.

Segundo Luizemir Lago, diretora do Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas - Cratod -, órgão da secretaria, esses dados comprovam que os fumantes passivos também estão expostos aos mesmos riscos de quem é usuário de cigarros e derivados de tabaco. Ela explicou que os pesquisados que não tiveram alteração no nível de monóxido de carbono podem ter realizado o teste após ficarem um longo período sem inalar a fumaça do cigarro dos outros.

Em não fumantes, a concentração aceitável de monóxido de carbono nos pulmões varia de 0 a 6 partes por milhão (ppm), considerando a poluição ambiental. Entre os fumantes leves essa concentração varia de 6,1 ppm a 10 ppm e, entre os moderados, entre 10,1 ppm e 20 ppm. Nos fumantes pesados, o valor varia de 20,1 ppm a 60 ppm.

Os resultados obtidos pelo Cratod são semelhantes aos apresentados em estudos internacionais, que apontam que entre 30% e 40% dos não fumantes consomem monóxido de carbono da fumaça do cigarro cronicamente.

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